Prevenção de riscos deve ser “um trabalho contínuo e dinâmico”
Pedro Fino falava no Curso Intensivo de Segurança e Defesa, onde abordou o 20 de Fevereiro de 2010
O secretário regional de Equipamentos e Infraestruturas, Pedro Fino, participou ontem à tarde, como orador, no 6º Curso Intensivo de Segurança e Defesa (CISEDE) Madeira 2020/2021, onde abordou o tema ‘20 de fevereiro de 2010 – O Fenómeno, A Resposta e A Reconstrução’.
Após uma síntese histórica das principais aluviões da ilha da Madeira, Pedro Fino debruçou-se sobre o evento central desta apresentação, partilhando informações relativas ao fenómeno meteorológico de 2010.
“Em média, 65% da precipitação máxima, em 24 horas, ocorreu concentrada em seis horas”, avançou, vincando que "este foi o maior desastre natural na Região no que diz respeito a danos humanos (causou 48 vítimas, mortais 250 feridos, 800 desalojados) e em termos materiais (com custos de danos estimados em 1,4 biliões de euros)".
É de destacar a capacidade de resiliência da população madeirense e de recuperação do funcionamento da cidade do Funchal e da Ribeira Brava, que foi absolutamente notável, muito devido à grande quantidade de equipamentos e maquinaria pesada já existentes na Região, que se encontrava na fase final das grandes obras das vias rápidas e túneis
Referindo-se depois à intervenção do Governo Regional para “repor a normalidade” nas zonas afectadas e, numa fase posterior, ao ‘Estudo de Avaliação do Risco de Aluviões na ilha da Madeira – EARAM’ e ao sistema integrado de monitorização, em tempo real, de alerta de riscos naturais, o governante aproveitou para sublinhar a “extrema importância” das acções preventivas e contínuas de limpeza de linhas de água para a prevenção e mitigação dos efeitos futuros deste tipo de eventos.
Este é um trabalho contínuo e dinâmico, feito de forma concertada entre vários departamentos do Governo Regional e outros organismos públicos e privados, visto que as alterações climáticas têm vindo a desencadear, cada vez mais e com maior frequência, fenómenos extremos e de consequências imprevisíveis, que obrigam a uma constante adaptação das soluções e intervenções a realizar
Ainda assim, Pedro Fino considera que “estamos hoje melhor preparados para responder a este tipo de fenómenos”.