Madeira

"Solução deve ser encontrada pelo Governo da República”

Inspector Regional de Trabalho foi ouvido hoje no parlamento madeirense sobre a situação dos trabalhadores da Groundforce

None

A Comissão Especializada Permanente de Administração Pública, Trabalho e Emprego ouviu hoje, dia 14 de Abril, o Inspetor Regional do Trabalho, no âmbito do requerimento de Audição Parlamentar, da autoria do PCP, 'Sobre a situação dos Trabalhadores da Groundforce nos Aeroportos da Madeira e do Porto Santo'.

Na ocasião, Benício Nunes manifestou apoio aos trabalhadores da Groundforce, na Madeira e no Porto Santo, e garantiu “total empenho no sentido de assegurar o cumprimento da lei, por parte da Inspecção do Trabalho”.

Para o Inspector este é “um problema nacional”, cuja solução deve ser encontrada “pelo Governo da República”, até porque no seu entender a falta de liquidez da empresa teve como motivo a crise pandémica.

“Não houve aqui nenhum acto de natureza dolosa ou voluntária por parte da empresa, de criar uma situação económica e financeira débil”, afirmou o Inspector Regional do Trabalho e da Acção Inspectiva.

A Groundforce é detida em 50,1% pela Pasogal e em 49,9% pelo grupo TAP, que, em 2020, passou a ser detido em 72,5% pelo Estado português e que é accionista minoritário e principal cliente da empresa que presta assistência nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro, Funchal e Porto Santo.

Em 19 de Março, depois de várias negociações, a Groundforce e TAP chegaram a um acordo, em que a companhia aérea adquiriu por cerca de sete milhões de euros equipamentos da empresa de 'handling' (assistência nos aeroportos), que passa a pagar à TAP pelo aluguer deste material. Este acordo permitiu desbloquear provisoriamente o impasse na empresa e pagar os salários em atraso aos 2.400 trabalhadores.

No início deste mês, Alfredo Casimiro passou a ser o presidente executivo da empresa de 'handling', substituindo no cargo Paulo Neto Leite.