Madeira

Coligação PSD/CDS não admite entrada de outros partidos

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A coligação autárquica PSD/CDS, no concelho do Funchal, está "aberta à sociedade civil" mas "não vai comportar mais partidos". A garantia é de Miguel Albuquerque e foi dada logo após a assinatura do acordo entre os dois partidos, esta tarde, no Hotel do Castanheiro, a pouco mais de uma centena de metros da Câmara Municipal do Funchal e onde, em 2019, foi negociado o acordo de governo.

Foi precisamente o entendimento dos dois partidos que suportam o Governo Regional que Rui Barreto, líder do CDS, começou por destacar. Um grande "sentido de compromisso", entre os dois partidos que conseguiram um "acordo histórico" que agora é prolongado para as eleições autárquicas.

"Há total lealdade, frontalidade e compromisso, entre os dois partidos." Rui Barreto, líder do CDS

PSD e CDS, como o DIÁRIO já noticiou, vão em coligação em sete municípios - Funchal, Santa Cruz, Machico, São Vicente, Porto Moniz, Ponta do Sol e Porto Santo -, mas Barreto estende o entendimento à Ribeira Brava, onde os dois partidos apoiam a reeleição do independente Ricardo Nascimento.

Uma coligação que, para o líder do CDS, traduz a "robustez do acordo" de governo que também reflecte a boa relação com Miguel Albuquerque e o entendimento institucional.

Albuquerque destacou o "sentido de responsabilidade das direcções dos dois partidos" e sublinhou a importância de as estruturas partidárias serem "instrumentos ao serviço da população" e entende que este acordo "reflecte o sentir das populações" de cada concelho.

"Há, na maioria dos concelhos, um desejo intrínseco para que os dois partidos concorram em coligação" Miguel Albuquerque, presidente do PSD

O acordo assinado esta tarde também é, para Miguel Albuquerque, um reflexo da boa governação, porque entende que os governos só são verdadeiramente avaliados "quando há dificuldades" e o seu, sublinha, "tem demonstrado estar à altura dos desafios".

Questionado sobre a coligação do Funchal, garantiu que está fechada à entrada de outros partidos, mas "há pessoas da sociedade civil que vão apoiar a coligação".

PSD e CDS concorrem separados na Calheta, Câmara de Lobos e Santana porque foi entendimento das estruturas locais que "era preferível cada um seguir o seu percurso".

Finalmente, o objectivo é "fazer tudo para ganhar em todos os concelhos, com humildade democrática".