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A felicidade de grupo!

Desde o início deste processo em Dezembro de 2019, que temos sido bombardeados com notícias sem consistência

Não é nada saudável andarmos sujeitos a este carrossel de notícias, num período extraordinário de fragilidade generalizada devido a uma doença chinesa, tornada mundial. Andamos todas as semanas, para cima e depois para baixo ... à espera de ir para cima outra vez ... falando de medicina, de doenças, de casos activos, de tratamentos, de vacinas, de efeitos colaterais, como se de um “workshop” se tratasse. Estando relativamente à vontade sobre o assunto, mas tão somente sobre áreas do assunto, queria dizer que a reacção patológica provocada pelo vírus covid-19, pode provocar a morte, numa percentagem actual e aproximada de 2% relativo à população mundial. Também queria dizer sobre as vacinas que estão à nossa disposição, estas foram consideradas capazes de evitar a doença - nas suas formas mais graves e para uma evolução fatal da mesma. Acrescento que existem e existirão sempre reacções adversas aos medicamentos ou aos diversos tratamentos, onde as vacinas também estão incluídas ... como também há pessoas que espirram mais na Primavera e no início do Outono, do que no resto do ano. Também sei que vocês sabem que há medicamentos que provocam embolias ou tromboembolias, como exemplo mais flagrante a pílula anti-concepcional (PAC), ou o consumo habitual e diário de tabaco ou similares, chegando até ao ponto de se considerar este consumo uma doença - que portanto tem tratamento, aqui no Serviço Regional de Saúde. Todas as mulheres que tomam a pílula (PAC) e ao mesmo tempo também fumam, sabem ou devem saber, que o risco de enfarte do miocárdio nestes casos multiplica-se por oito vezes (X 8). Mas, também espero que existam pessoas, naturalmente com maiores conhecimentos que os meus ... e será bom que elas apresentem e justifiquem com sustentação científica, com provas evidentes, que existem contra-indicações impeditivas da inoculação das vacinas... Independentemente do nome da fábrica ou da sua origem territorial. O Reino Unido já vacinou mais de 30 milhões de cidadãos... e parece estar perto da imunidade de grupo. Passou-se algo de importante, relativo à idade, com efeitos adversos significativos, neste imenso universo de inoculados de um só tipo de vacina? As percentagens de tromboembolismo relacionadas com a vacina inglesa até hoje conhecidas e também confirmadas por quem de direito, apontam para valores de um único caso por milhão de vacinados. Pena que não se especifique a razão e os pormenores destes casos particulares ... se são fumadores, se são portadores de doenças vasculares ou com problemas da coagulação ... mas no entanto referem-se á idade como um motivo de exclusão. Podem existir pessoas com 30 anos de idade, mais susceptíveis de risco, do que muitas outras de 60 anos, relativamente ao desenvolvimento de tromboembolismo. Mas há que explicar porquê e que peso tem na escolha da origem do produto a inocular.

Não sei se saberão que nas situações traumáticas com fracturas ósseas e até com roturas musculares, é uma prática clínica comum durante os tratamentos, receitar por um período variável, que pode oscilar entre 2 a 4 meses, um medicamento anticoagulante, para prevenir o aparecimento de tromboembolismo. Portanto não é nada de novo ... e o que é novo, é procurar saber em cada caso suspeito e específico, o que se passou exactamente, antes de mandar “papos” para uma população indefesa, com notícias díspares, com um sobe e desce de novidades, alarmantes, ampliando todo um ambiente de stress já existente. E então, e agora o que fazer? Fazer a vacina ... com o tal risco de 1/1 000 000 ou ficar sentado em casa com a máscara colocada, esperando não ser contaminado ... até haver imunidade de grupo? Não esqueço que em 2017 em Lisboa, morreu uma jovem de 17 anos vítima de sarampo, porque alguém da sua família, achou por bem, não fazer a respectiva vacina. Mas essa família, não deve ter sido responsabilizada por esta ridícula e inaceitável atitude, porque, na verdade, no território português, ninguém é obrigado a fazer a inoculação de vacinas. Mas, depois do mal estar feito, requerem o direito de serem assistidos e tratados, por uma doença fatal, que podia facilmente ter sido evitada.

Este ziguezague informativo está a provocar uma instabilidade desnecessária, quando o mais importante, todos sabemos que é vacinar, vacinar o mais depressa possível, sem interrupções, para podermos calmamente programar o nosso futuro, com uma segurança plena. Muito mal está a União Europeia - não demonstrando aliás nenhuma união - desmobilizando-se facilmente no decorrer da vacinação, oferecendo antecipadamente 75 milhões de vacinas aos países pobres, quando aqui não se trata de pobreza nem de riqueza, mas de celeridade e até urgência em vacinar todos ... pobres e ricos. É mesmo uma luta contra o tempo, porque quanto mais tempo se perde, mais tempo ganha o vírus para se transformar, ficando reactivado, para novas infecções, com novos desenvolvimentos e novos contratempos.

Desde o início deste processo em Dezembro de 2019, que temos sido bombardeados com notícias sem consistência, começando pela história dos morcegos ... quando os ditos morcegos, hibernam no inverno no extremo sul da China, a milhares de quilómetros do laboratório e do mercado de Wuham ... assim nem poderiam estar á venda nesse mercado.

Contando com a responsabilidade individual de toda a gente, ávida de boas notícias, desejo que se ultrapasse esta trapalhada rapidamente e se concluam as vacinações, para se conseguir a imunidade, a estabilidade ... e uma recuperação da merecida felicidade de grupo!

P.S.: Este artigo foi escrito no dia 11 de Abril. Até ser publicado pode haver nova informação sobre este tema!