Itália soma 9.789 novos casos em ambiente de contestação contra restrições
A Itália registou 9.789 contágios pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, divulgaram hoje as autoridades italianas, num dia em que vários setores exigiram nas ruas a abertura das respetivas atividades, encerradas há meses por causa da pandemia.
Estes dados de novos casos representam um decréscimo face aos indicadores divulgados no domingo (15.746 novos contágios), mas também como é frequente ao fim de semana foram realizados menos testes de diagnóstico: 190.635 contra os 253.000 contabilizados na véspera.
Com o registo destes novos contágios pelo novo coronavírus (SARS-Cov-2) nas últimas 24 horas, o país totaliza, até à data, 3.779.594 casos de pessoas que ficaram infetadas, de acordo com o boletim informativo do Ministério da Saúde italiano.
O país somou igualmente 358 óbitos nas últimas 24 horas, mais 27 vítimas mortais em relação aos dados publicados no domingo (331).
O número total de mortes recenseadas no território italiano desde o início da crise pandémica, em fevereiro de 2020, situa-se agora nos 114.612, de acordo com a mesma fonte.
No que diz respeito aos recuperados, o país regista um total de 3.140.565, um aumento de 18.010 recuperações face ao dia anterior.
Existem 524.417 casos positivos de covid-19 que estão atualmente ativos em Itália, um decréscimo de 8.588 casos em relação a domingo.
A grande maioria destes doentes estão nas respetivas casas com sintomas ligeiros da doença ou estão assintomáticos.
A pressão sobre os hospitais italianos voltou a verificar um crescimento (após vários dias em queda) nas últimas 24 horas, com mais 86 pessoas hospitalizadas, com um total de 30.922 doentes internados.
Destes pacientes, 3.593 encontram-se em unidades de cuidados intensivos (UCI), mais oito em comparação ao dia anterior.
A campanha de vacinação em Itália prossegue, com particular atenção nos idosos com mais de 80 anos, e 13.125.458 doses já foram administradas em todo o país.
Um total de 3.952.644 pessoas já foram inoculadas com as duas tomas necessárias das vacinas atualmente disponíveis no país.
Cerca de 500 pessoas participaram hoje no centro da capital italiana, Roma, numa manifestação convocada pelo movimento "Io Apro" ("Eu abro", na tradução em português), coletivo que reúne pessoas do setor hoteleiro, do desporto, da cultura e trabalhadores independentes, cujas atividades têm estado paralisadas e fortemente afetadas devido às restrições impostas por causa da pandemia.
Durante o protesto, momentos de tensão foram registados e a polícia destacada no local acabou por intervir.
Entre os participantes do protesto estavam elementos de um grupo neofascista, identificado como Casa Pound, que se insurgiram contra os agentes policiais.
"Maio será o mês das reaberturas", assegurou hoje a ministra dos Assuntos Regionais italiana, Mariastella Gelmini, em declarações aos 'media' italianos, acrescentando que a partir de 20 de abril o Conselho de Ministros irá a avaliar "a possibilidade, com base nos dados relativos às infeções e dos avanços da campanha de vacinação, alguns sinais de reabertura ainda em abril".
A pandemia da doença covid-19 provocou pelo menos 2.937.355 mortos no mundo, resultantes de mais de 135,9 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus (SARS-Cov-2) detetado em dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.