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Máscaras no chão e no mar

Com a chegada da pandemia, os maus hábitos do mundo alteraram-se. Fechámos o buraco do ozono, que tanto se falou na última década, para jogarmos para o mar as máscaras que usamos.

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É a nova realidade do mundo pandémico. Embora desde sempre os seres humanos tenham jogado o lixo para o chão, deparamo-nos agora com a crise ambiental que nascerá da pandemia. São milhares de máscaras atiradas para o chão, para os jardins, para as ruas e para as praias. E consequentemente, para o mar. A WWF (World Wide Fund for Nature), estima que, mesmo que só 1% das máscaras vá parar ao mar, são 40 toneladas de plástico a inundar os oceanos.

Nem tudo é mau: o buraco na camada de ozono sobre o Ártico fechou, a NASA registou níveis de poluição do ar muito abaixo da média das últimas décadas em vários países, como China, Coreia do Sul, Índia e Itália. Mesmo em Portugal, em Abril de 2020, houve uma redução significativa dos níveis de dióxido de azoto (NO2), chegando aos 80% em alguns locais de Lisboa e aos 60% no Porto. As emissões de dióxido de carbono caíram como nunca antes na história do Mundo. Algumas espécies selvagens recuperaram os seus habitats e as águas dos canais de Veneza voltaram a ser transparentes.

Mas agora lidamos com o lixo pandémico: são máscaras, são luvas, são toneladas de papel e milhares de litros de lixívia, o maior inimigo do ambiente. Os meios de comunicação social lançaram o pânico na sociedade mundial, aliados à mente pequena de muita gente que acha que deve jogar para o chão as máscaras e as luvas.

Acreditamos que, após a crise pandémica que vivemos, entraremos numa densa crise ambiental e sanitária, enfrentando poluições plásticas muito mais intensas do que a que vivemos atualmente.

A produção global de plástico quadruplicou nos últimos 40 anos. Uma tendência que, se continuar a escalar desta forma, vai representar 15% das emissões de gases de efeito estufa até 2050 – daqui a 30 anos. A estes dados, junta-se outro número alarmante: cerca de oito milhões de toneladas de lixo plástico acabam, anualmente, no oceano. 

Os equipamentos de proteção individual são só mais uma ameaça adicional ao gigante uso de plásticos, com a agravante de que as luvas se assemelham a medusas (alimento para as tartarugas) e os elásticos e fitas das máscaras deixam os peixes presos. Estamos a condenar a fauna marinha, estamos a condicionar o planeta em que vivemos e, principalmente, estamos a condicionar o futuro dos nossos filhos e dos nossos netos.

Há outro fator importante a considerar: o lixo provindo da pandemia (dos doentes positivos, principalmente os que recuperam nas suas casas), não pode ser reciclado, tem que ser acondicionado no lixo comum. Nick Mallos, da ONG americana Ocean Conservancy, referiu à CNN que são vários “os setores da indústria do plástico a trabalharem muito para explorar os medos em torno da Covid-19. É dececionante ver como grupos de lobby estão a tirar partido desse clima de medo e incerteza.” 

As luvas, por exemplo, apesar de serem descartáveis, não são recicláveis. O medo de que estejam contaminadas pelo Coronavírus faz com que devam ser deitadas no lixo comum. Como as luvas não são consideradas embalagens, não podem ser colocadas em lixeiras domésticas. Mesmo as luvas feitas de borracha de látex, um produto natural, nem sempre são uma escolha ecológica. Depende dos aditivos químicos usados para produzi-las, alguns dos quais podem prejudicar o meio ambiente quando se decompõem.

Entretanto as alternativas começam a surgir e a possibilitar fazer escolhas mais sustentáveis. 

Relembramos:

- As máscaras e luvas, após utilização, devem ser retiradas de forma segura e deitadas nos caixotes de lixo comuns ou indiferenciados, nunca na reciclagem;

- Deve lavar as suas mãos, ou desinfetá-las, após retirar estes equipamentos de proteção individual;

- Apesar dos invólucros das máscaras e luvas não providenciarem informação do que fazer com estes EPI’s após a sua utilização, todos nós sabemos o que devemos fazer. Já não é falta de informação.

Seta Verde – Higiene, Lda., apesar de comercializar produtos de limpeza e desinfeção, tem como política de sustentabilidade a reutilização massiva de embalagens, de modo a reduzir a pegada ambiental que, inevitavelmente, deixamos no planeta.

Orgulhamo-nos dos nossos números: durante o ano de 2020, recolhemos mais de 4900 embalagens vazias dos nossos clientes e continuamos a apelar à devolução de embalagens vazias. Fazemos a lavagem e desinfeção dos bidões nas nossas instalações, um processo que, apesar das suas contrapartidas económicas, efetuamos com o orgulho típico de uma empresa que faz a sua parte.

Faça também a sua parte e deite estes materiais nos contentores próprios.

Proteja o planeta e as futuras gerações!

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Biosoluções® – amiga do ambiente!

Fontes:

https://www.dgs.pt/directrizes-da-dgs/orientacoes-e-circulares-informativas/orientacao-n-0102020-de-16032020-pdf.aspx

https://www.dgs.pt/directrizes-da-dgs/orientacoes-e-circulares-informativas/orientacao-n-0192020-de-03042020-pdf.aspx