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Gangue condenado no Reino Unido por ataque violento a jovem madeirense

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O gangue português que atacou violentamente um jovem madeirense num beco de uma rua da cidade de  Eastbourne, na costa sul  do Reino Unido foram condenados na passada terça feira pelo Tribunal de Brighton.

O gangue encurralou a vítima num beco sem saída, no dia 8 de outubro de 2019, atirou-o ao chão e agrediu-o de uma forma brutal, tendo sofrido ferimentos graves no crânio.

O ataque deixou  Carlos Gonçalves, de 26 anos, com sequelas para toda a vida. O madeirense correu mesmo risco de vida  e teve de ser internado numa Unidade de Cuidados Intensivos como o DÍARIO noticiou. A vítima nunca mais regressou a casa, continua internada, após 17 meses do incidente.

Os agressores acabaram por serem detidos em Southampton, três dias após o ataque e assim permaneceram até ao julgamento, que aconteceu na passada terça-feira.

Bruno Tavares, de 33 anos, foi condenado a 10 anos e seis meses de prisão. Rui Pereira, de 29 anos, a 11 anos e 11 meses de prisão, e Carlos Semedo, de 25 anos, a 13 anos e três meses de prisão. Todos estavam desempregados e viviam no Reino Unido à data dos factos.

Mas há um quarto arguido, Maximiliano Pereira, de 25 anos, que conhecerá a sentença posteriormente.

O jornal “The Argus” refere que o detetive Elliott Lander, disse que  “estes homens atacaram a vítima com tanta brutalidade naquele dia que o juiz comparou as suas ações com uma matilha a encurralar a presa”.

Numa emocionante declaração lida em tribunal, a família da vítima revelou que, desde que foi atacado, “Carlos nunca mais foi o mesmo homem, tanto a nível físico como mental, devido aos devastadores ferimentos que sofreu”.

“Ele perdeu o nascimento de um dos seus filhos, um mês após a agressão e mesmo agora, quase 17 meses depois do ataque, continua internado num centro de reabilitação. Nunca mais voltou a casa. Esta agressão mudou a vida dele para sempre”, contaram ainda os familiares.

Carlos Gonçalves, natural da Ribeira Brava,  está no Reino Unido há cinco anos e  trabalhava na restauração.