Traineira com 130 toneladas de fuelóleo encalha junto à costa nas Maurícias
As autoridades mauricianas mobilizaram hoje a guarda costeira e a marinha numa operação de limpeza e retirada de 130 toneladas de fuelóleo de uma traineira que encalhou junto à costa, perto de Port-Louis, capital das Maurícias, foi anunciado.
As Ilhas Maurícias sofreram um dos piores incidentes de poluição marítima da sua história há sete meses, com o derrame de cerca de mil toneladas de fuelóleo, na sequência do encalhamento do cargueiro de bandeira japonesa MV Wakashio, nas águas do arquipélago no Índico.
O capitão da traineira de bandeira chinesa, Lurong Yuan Yu, "lançou pedidos de socorro no domingo", disse no domingo à noite o ministro das Pescas mauriciano, Sudheer Maudhoo.
Foguetes de socorro enviados pelo navio, que encalhou perto da costa num recife em Pointe-aux-Sables, no noroeste da ilha, junto a Port-Louis, foram igualmente avistados pela população em terra.
"O primeiro passo é bombear todo o petróleo a bordo", disse o ministro no domingo, acrescentando que o navio de pesca não contém carga, mas 130 toneladas de fuelóleo e cinco toneladas de lubrificantes.
Entretanto foram já colocadas barras flutuantes à volta do navio para evitar a dispersão de combustível derramado.
O navio japonês MV Wakashio encalhou em 25 de julho de 2020 num recife de coral perto do Pointe d'Esny, na costa sudeste. Continha 3.800 toneladas de fuelóleo e 200 toneladas de gasóleo, que rapidamente começou a vazar, mas foi na sua maioria bombeado.
O caso suscitou a indignação da população mauriciana. Em 29 de agosto, entre 50.000 e 75.000 pessoas reuniram-se em Port-Louis para protestar contra a gestão do derrame de petróleo pelo Governo do primeiro-ministro Pravind Jugnauth. A capital mauriciana não era palco de uma manifestação com esta expressão desde 1982.
Entretanto, o desmantelamento da popa do navio está quase concluído - a proa e casco foram afundados ao largo - e as operações de limpeza de combustível foram concluídas.