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Etiópia recebe perto de 2,2 milhões de vacinas

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A Etiópia recebeu hoje perto de 2 milhões e 200 mil vacinas da farmacêutica AstraZeneca, através do programa global Covax, informaram num comunicado várias agências da Organização das Nações Unidas (ONU).

"Hoje a Etiópia recebeu 2.184.000 de doses da vacina contra a covid-19 da AstraZeneca através do Covax. Este é um passo histórico no nosso objetivo de garantir a distribuição equitativa de vacinas a nível mundial, naquela que será a maior operação de aquisição e fornecimento de vacinas da história", refere o comunicado, citado pela agência EFE.

As vacinas licenciadas e fabricadas pelo Instituto Sérum da Índia foram entregues pela Ethiopian Airlines no aeroporto internacional da capital Adis Abeba, na presença de vários ministros do país africano e representantes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Unicef, que coordena o fornecimento dos fármacos.

"A OMS continuará a trabalhar com o Governo da Etiópia e os seus parceiros mundiais para garantir que a Etiópia receba, distribua e administre quantidades adequadas de vacinas contra a covid-19 ao povo etíope, porque, como a OMS disse por diversas ocasiões, nada está a salvo até que todo o mundo esteja a salvo", declarou o representante da OMS naquele país africano, Boureima Hama Sambo.

Na Etiópia estão confirmados oficialmente 165.029 casos e 2.420 mortes por covid-19 desde a declaração do primeiro caso no país, a 13 de março de 2020.

Pouco mais de uma dezena de nações de África já receberam, no total, pouco mais de 13 milhões de vacinas através da plataforma Covax, um programa promovido pela OMS e pela Aliança Global para Vacinas e Imunização (GAVI), que pretende garantir o acesso às vacinas a todos os países menos desenvolvidos.

O Covax tem como objetivo entregar, pelo menos, 2.000 milhões de doses até ao final do ano.

Na lista das nações africanas já beneficiadas por esta iniciativa figuram, entre outras, Nigéria, Quénia, Costa do Marfim, Gana (que foi o primeiro país do mundo a receber as vacinas Covax, no dia 24 de fevereiro), Mali, Uganda e Maláui (que receberam as suas primeiras vacinas contra a covid-19 esta sexta-feira).

Apesar destes avanços, África e os seus mais de 1.216 milhões de habitantes permanecem globalmente atrasados no avanço da vacinação.

Dos 55 países membros da União Africana (UA), 14 iniciaram as suas campanhas nacionais de imunização.

O continente registou, até o momento, 3.948.029 casos e 105.275 mortes por covid-19, de acordo com os dados do Centro para Controle e Prevenção de Doenças na África (Africa CDC, dependente da UA).

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.581.034 mortos no mundo, resultantes de mais de 116 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.512 pessoas dos 809.412 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.