Madeira

A Cáritas na Madeira nasceu para ajudar as pessoas

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Foto Arquivo

No Dia Nacional da Cáritas, que hoje se assinala, o Bispo emérito do Funchal, D. Teodoro de Faria, considerado o ‘pai’ da Cáritas na Madeira, faz um balanço aos 38 anos da instituição na Região que nasceu para ajudar as pessoas.

Nume entrevista concedida ao Jornal da Madeira, o jornal oficial da Diocese, D. Teodoro fala de uma “filha que já sofreu muito, mas venceu sempre”.

A vinda da Cáritas para a Madeira foi desde logo incluída nos seus planos, assim que tomou posse como Bispo do Funchal.

“A Cáritas nasceu em grande e com as pessoas que nós tínhamos ela cresceu e desenvolveu-se de tal maneira que algumas Conferências Vicentinas começaram a se interrogar sobre a razão da sua existência, quando a Cáritas é que tinha gente preparada e dinheiro”, recorda o Bispo emérito, salientando que as pessoas que dormiam nas ruas e as prostitutas eram duas preocupações da Cáritas, para além de ajudar outros países em alturas de desgraça.

A Cáritas começou a trabalhar muito e bem e acabou por crescer, graças à ajuda de algumas pessoas. É o caso de um alemão, ex-militar, chamado Schultz que veio viver para a Madeira, recorda o Bispo emérito, referindo que este homem “ajudou a Cáritas a trabalhar, com a sua forma de pensar, a sua forma organizada de fazer as coisas, tudo com princípio, meio e fim”, sendo o sue único objectivo “ajudar os mais necessitados e abandonados”. Graças a este benfeitor, a Cáritas conseguiu muitos bens da Alemanha e também muitas roupas, que a Cáritas sempre organizou e continua a organizar. 

No entanto, nem tudo foi fácil. D. Teodoro recorda épocas complicadas, sobretudo “no tempo do D. António Carrilho”. Diz, contudo, que as dificuldades “fazem parte da vida” e é preciso ter “muita humildade para receber aquilo que nos custa e assim continuarmos”.

38 anos depois, diz que nunca se arrependeu de ter trazido a Cáritas para a Madeira e é com orgulho que vê, mais tarde, a Conferência Episcopal Portuguesa insistir para que todas as dioceses de Portugal tivessem a sua Cáritas.

D. Teodoro de Faria diz que para se trabalhar na Cáritas é preciso três coisas. “A primeira é um grande amor a Deus e ao próximo, a segunda competência e a terceira é união com a Igreja, porque a Cáritas é da Igreja.