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Biden saúda "passo de gigante" com aprovação de plano de estímulo económico

Foto  EPA/SHAWN THEW
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O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, saudou hoje a aprovação pelo Senado do pacote de estímulo financeiro de 1,9 biliões de dólares, considerando-o um "passo gigantesco" para sair da crise provocada pela pandemia.

"Hoje posso dizer que demos um passo gigantesco para cumprir a promessa que fiz aos norte-americanos de que a ajuda estava a caminho", disse Biden aos jornalistas na Casa Branca após o Senado ter aprovado o plano de apoio financeiro à recuperação da economia, uma das prioridades da nova administração.

O Senado dos Estados Unidos da América (EUA) aprovou hoje um plano de estímulo de 1,9 biliões de dólares (1,59 biliões de euros) para relançar a economia norte-americana, naquela que é a primeira vitória legislativa do Presidente Joe Biden.

O pacote financeiro, o terceiro aprovado nos EUA desde o início da pandemia de covid-19, há um ano, inclui novos pagamentos diretos de 1.400 dólares (1.175 euros) aos contribuintes com rendimentos inferiores a 80.000 dólares (67.150 euros) por ano, mais fundos para os governos locais e estatais, compra de vacinas e reabertura de escolas.

O plano foi aprovado após horas de debate, negociações frenéticas e uma maratona de votos, apenas pelos senadores democratas, por 50 votos contra 49.

De acordo com estimativas do chefe de Estado norte-americano, o plano "resultará na criação de cerca de seis milhões de empregos, aumentará o nosso Produto Interno Bruto (PIB) em um bilião de dólares e colocará o país em posição de ganhar a competição com o resto do mundo, porque o resto do mundo está em movimento, a China em particular".

"Oitenta e cinco por cento das famílias americanas receberão pagamentos directos de 1.400 dólares por pessoa", disse Biden, prevendo que o plano permitirá "reduzir a pobreza infantil para metade".

O Presidente norte-amreicano disse ainda que o plano colocará os Estados Unidos no "caminho para derrotar o vírus e dar a ajuda de que precisam às famílias que mais sofrem".

O projeto de lei será enviado ao Congresso na próxima semana, onde se espera que a maioria democrata o aprove rapidamente para que o Presidente Biden o possa assinar até 14 de março, antes da prevista suspensão dos atuais subsídios de desemprego.

Biden instou o Congresso, que já deu o seu acordo inicial ao projecto de lei na semana passada, a votar "rapidamente" para apoiar a versão do Senado, o que completaria o processo para que o Presidente pudesse assinar a lei.

"Esta nação sofreu demasiado durante demasiado tempo", disse Biden, sublinhando que tudo "foi concebido para aliviar o sofrimento e satisfazer as necessidades mais urgentes da nação".

O pacote financeiro, com despesas totais previstas equivalentes a quase um décimo do tamanho de toda a economia dos Estados Unidos, é a prioridade do Presidente Joe Biden.

A votação representou um momento político crucial para Biden e para o Partido Democrata, que precisa de unanimidade partidária num Senado dividido 50-50, que lidera devido ao voto de desempate da vice-presidente Kamala Harris.

Na Congresso, os democratas têm uma margem estreita de 10 votos.

O pacote enfrentou sólida oposição do Partido Republicano, que o considera um desperdício de dinheiro para os aliados liberais dos democratas.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.581.034 mortos no mundo, resultantes de mais de 116 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.