Pessoal das escolas da Madeira vacinado com AstraZeneca a partir de terça-feira
As 8.500 primeiras doses de vacinas da AstraZeneca que ontem chegaram ao Funchal vão servir para dar início, na próxima semana, à vacinação do pessoal das escolas da Madeira, bem como aos cidadãos com idade próxima dos 65 anos. “Na segunda-feira haverá uma reunião da equipa da 'task force' regional do Plano de Vacinação para depois começarmos na terça-feira [a vacinar] e rapidamente porque temos estas doses todas para administrar”, revelou, esta manhã, o secretário da Saúde, Pedro Ramos, que esteve a acompanhar a vacinação da população mais idosa, que decorre no Tecnopólo.
Até agora, a Região teve disponível a vacina da Pfizer e na sua administração deu prioridade à população com mais de 80 anos ou na faixa 75-79 anos com patologias. Agora tem disponível a vacina da AstraZeneca, que, no nosso país, não está ainda indicada para pessoas com mais de 65 anos. “As pessoas serão chamadas pela ordem decrescente de idade, a partir, precisamente, dos 65 anos”, explicou Pedro Ramos.
Segundo o mesmo responsável, as doses da farmacêutica anglo-sueca servirão igualmente para dar início à vacinação do pessoal educativo, para que se possa “começar a actividade escolar com toda a segurança”. Neste momento o Governo Regional ainda está a avaliar o número de professores e funcionários de estabelecimentos de ensino que vão ser abrangidos, sendo que vai dar prioridade às escolas que têm aulas presenciais.
A Região vai também aproveitar para completar a vacinação de todos os grupos prioritários da primeira fase, incluindo os chamados serviços críticos (forças militares e de segurança, Empresa de Electricidade, ARM, funcionários da salubridade, etc).
As duas vacinas que estão agora a ser administradas na Região têm prazos diferentes para a toma da segunda dose: a Pfizer é ao fim de 28 dias e a da AstraZeneca é três meses depois da primeira dose. Pedro Ramos afirmou que ao utente não será colocada a possibilidade de escolha do fabricante da sua vacina. “Aqui não se trata de uma escolha. Trata-se de vacinarmos de acordo com a vacina que está disponível. Aqui eu volto a reforçar a mensagem: a vacina é segura, é eficaz e naturalmente que aquela que estiver disponível no mercado é aquela que tem que ser feita”, referiu o secretário da Saúde, que recomenda as vacinas já aprovadas (Pfizer, Moderna e AstraZeneca) e também aquelas que estão em vias de aprovação, como a Johnson&Johnson e a Sputnik. “Num momento em que é necessário vacinar o mais depressa possível 70% da população mundial, todas as vacinas que estiverem disponíveis são aquelas que irão ser utilizadas”, acrescentou.
Até ao final do dia de amanhã, vão ficar vacinadas mais de 25 mil pessoas (10% da população) em todo o arquipélago. No Porto Santo a taxa de vacinação é ligeiramente superior - já foram vacinados 678 utentes (13% da população).