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Itália regista aceleração de contágios e supera os três milhões de casos

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A Itália superou os três milhões de infetados pelo SARS-Cov-2 desde o início da pandemia, num momento em que o país regista uma aceleração dos contágios, mais de 24 mil nas últimas 24 horas, foi hoje divulgado.

Com o registo de 24.036 novos contágios pelo novo coronavírus (SARS-Cov-2) nas últimas 24 horas, o país totaliza, até à data, 3.023.129 casos de pessoas que ficaram infetadas, de acordo com o boletim informativo do Ministério da Saúde italiano.

Este número diário representa uma subida de mais de mil casos em relação ao dia anterior, o que mostra que a curva de contágios continua a subir no país, como têm vindo a alertar as autoridades italianas.

O número de testes de diagnóstico (incluindo testes rápidos de antigénio) realizados no país nas últimas 24 horas também aumentou: dos 339.635 verificados na véspera para os 378.463 registados no último dia.

Nas últimas 24 horas, o país contabilizou 297 óbitos associados à doença covid-19 (uma descida face aos 339 óbitos registados no dia anterior), com o número total de mortes recenseadas no território italiano desde o início da crise pandémica, em 21 de fevereiro, a situar-se agora nos 99.271, de acordo com a mesma fonte.

No que diz respeito aos recuperados, o país regista um total de 2.467.388, um aumento de 13.682 recuperações face ao dia anterior.

Existem 456.470 casos positivos de covid-19 que estão atualmente ativos em Itália, um aumento de 10.031 casos em relação a quinta-feira, indicador que influencia a pressão exercida sobre os hospitais italianos, de acordo com as autoridades locais.

Dos casos positivos atualmente ativos em Itália (a grande maioria são doentes que estão nas respetivas casas com sintomas ligeiros da doença ou estão assintomáticos), 22.899 são pessoas que estão hospitalizadas (mais 267 em relação à véspera), existindo 2.525 doentes em unidades de cuidados intensivos (UCI), mais 50 pacientes em comparação aos indicadores de quinta-feira.

Por outro lado, a campanha de vacinação em Itália prossegue (mais de 150 mil doses inoculadas por dia) e já foram administradas 5.019.869 doses em todo o país, número que inclui as 1.562.291 pessoas que já receberam duas tomas da vacina contra a covid-19.

Nas redes sociais, o ministro da Saúde italiano, Roberto Speranza, saudou o facto de o país ter ultrapassado a barreira das cinco milhões de doses de vacina administradas.

"Hoje superarmos as cinco milhões de doses inoculadas da vacina anti-coronavírus em Itália. Graças às mulheres e aos homens do sistema de saúde público que trabalham todos os dias para acelerar a campanha de vacinação", escreveu o ministro nas redes sociais.

Já o presidente do Instituto Superior de Saúde italiano, Silvio Brusaferro, alertou hoje para o perigo associado às várias variantes do SARS-Cov-2.

"A questão das variantes é preocupante. Neste momento, a variante inglesa é a que predomina no panorama nacional, mas a brasileira e a sul-africana, ou outras que porventura possam surgir, também preocupam. Por isso, é muito importante intervir de forma radical para contê-las. Devemos ser extremamente precisos", afirmou o representante.

Face a atual situação, o endurecimento das medidas restritivas a aplicar no país poderá ser anunciado nos próximos dias.

Entretanto, as deslocações entre as diferentes regiões italianas estão proibidas pelo menos até 27 de março e o país continua dividido por cores, consoante o nível de risco epidemiológico.

Atualmente, metade das 20 regiões italianas estão "pintadas" a laranja, ou seja, zonas de médio risco de contágio.

Apenas duas, Basilicata e Molise (sul), estão classificadas como zonas "vermelhas", o nível mais alto de risco de contágio e como tal área que deve cumprir um confinamento.

Mas esta situação deverá mudar em breve, quando o executivo italiano tiver de rever a situação nas regiões para decidir se deve alargar ou reduzir as restrições.

A pandemia da doença covid-19 provocou pelo menos 2.570.291 mortos no mundo, resultantes de mais de 115,5 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus (SARS-Cov-2) detetado em dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.