PSD vota contra “apoios que não correspondem às reais necessidades da população de Santa Cruz”
Na reunião da Assembleia Municipal Extraordinária que hoje teve lugar em Santa Cruz, o PSD votou contra a proposta apresentada pelo Executivo quanto aos apoios extraordinários a conceder às Juntas de Freguesia, “entendendo que o destino a dar a esses mesmos apoios não cumpre nem se enquadra na resposta que devia ser dada aos Munícipes, nesta fase pandémica”. Uma posição de força que o deputado municipal Bruno Camacho defende, exemplificando com vários casos onde fica evidente a má utilização de dinheiros públicos, a falta de prioridade e a incapacidade de o Presidente da Câmara “resolver ou, quanto muito, minimizar as graves carências ora agravadas pela pandemia”.
“Numa altura em que a nossa população e as nossas empresas, especialmente os jovens empresários, enfrentam sérias dificuldades neste concelho, é difícil entender que os apoios extraordinários que o Executivo Municipal destina às Juntas de Freguesia sejam para despesas acessórias ou, quanto muito, despesas que se tornam desnecessárias, nesta altura, à luz do que realmente a nossa população mais precisa”, critica o Social-democrata, aludindo aos exemplos da aquisição de um edifício para a Junta de Freguesia de Santa cruz e à construção de um elemento escultórico em Gaula, no valor de 50 mil euros e 14 mil respetivamente, que constam dos investimentos previstos neste pacote de ajudas.
“No nosso entender, a intenção deste apoio é munir os Presidentes das Juntas de Freguesia de condições de apresentação de obra em fase de campanha eleitoral, dando-lhes visibilidade política, o que é grave”, prossegue o deputado municipal, justificando-se com o facto de obras como as do Alargamento e Beneficiação de Veredas a ocorrer no Santo da Serra e no Caniço, que agora passaram para a esfera das Juntas de Freguesia estarem, até à data, sob a alçada do Município.
“O PSD nunca esteve nem está contra o investimento cultural ou de qualquer outra espécie, apenas consideramos que as circunstâncias atuais exigiam outro tipo de resposta e é a população que fica a perder com estas opções desfasadas da realidade”, remata Bruno Camacho.