Joel Viana considera que "autarquias continuam a ser o parente pobre da descentralização"
Joel Viana, vereador independente na Câmara Municipal de Câmara de Lobos, considera ser inacreditável que o Plano de Recuperação e Resiliência "não contemple a aplicação directa dos mais que necessários fundos". Aliás, diz que "as autarquias continuam a ser o parente pobre da descentralização e continuam a ser instrumentos ao serviço do Governo Nacional e das lideranças partidárias nacionais do arco do poder que usam e abusam daqueles que, como ninguém, conhecem ao pormenor os problemas dos seus cidadãos".
Num comunicado enviado à comunicação social, Joel Viana diz que "independentemente das escolhas e opções de propostas apresentadas pelo executivo de Câmara de Lobos, no âmbito da discussão pública nacional do Plano de Recuperação e Resiliência, algumas delas compromissos (ou promessas) eleitorais assumidos pelo executivo e que vão ficar por cumprir, como por exemplo o Museu da Vinha e do Vinho no Estreito de Cª de Lobos, a verdade é que é vergonhoso que as autarquias não tenham sido tidas nem achadas institucionalmente" "A Associação Nacional de Municípios, a Associação de Municípios da Região Autónoma da Madeira e os executivos camarários foram ignorados por Bruxelas, pelo Governo da República e mesmo pelo Governo Regional que chamam, apenas e para si, a gestão de um gigantesco bolo de Euros provenientes da Caixa Forte do BCE sediado em Frankfurt", lamenta.
Quanto à visita de Marcelo Rebelo de Sousa à Madeira, indica que "vem amanhã, mais uma vez à Madeira, com uma mão cheia de nada e outra cheia de coisa nenhuma acerca da questão legítima da efetiva descentralização ou da bazuca cozinhada em São Bento, aliás, pelo contrário, vem mais uma vez, num ato institucional com laivos colonialistas e centralizadores, reconduzir o Sr. Representante da República para mais cinco anos do faz de conta de descentralização, bem à maneira lusa e latina - a do fazer de conta, para que tudo fique na mesma apesar de parecer que não".