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Espanha vai manter proibição de viagens entre regiões durante a Páscoa

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Espanha prepara-se para aprovar um plano de desconfinamento para as próximas semanas, particularmente para a Páscoa, que prevê a proibição de viajar entre as suas comunidades autónomas e um recolher obrigatório entre as 22:00 e as 06:00.

O compromisso foi hoje aprovado numa reunião entre os responsáveis pelo setor da saúde de todas as comunidades autónomas espanholas, que têm autonomia nesta área.

Segundo fontes da reunião, apenas a comunidade de Madrid se opôs ao acordo, que ainda tem de ser ratificado numa reunião que terá lugar na próxima quarta-feira do Conselho Interterritorial do Sistema Nacional de Saúde.

Os responseis regionais concordaram com a proposta feita pelo Ministério da Saúde do Governo central para que se mantenha, pelo menos até à Páscoa, o atual cerco sanitário ao nível das comunidades autónomas, um recolher obrigatório das 22:00 até às 06:00, bem como limitar as reuniões em espaços públicos ou privados a um máximo de quatro pessoas.

O documento aprovado inclui ainda recomendações para desencorajar expressamente a celebração de encontros sociais em casas ou outros espaços fechados com pessoas que não pertencem ao mesmo agregado familiar.

Vai ainda ser lançada uma campanha institucional para evitar o relaxamento dos comportamentos com o lema "Não salvamos semanas, salvamos vidas", numa alusão à "Semana Santa".

Com uma população total de cerca de 47 milhões de habitantes, os números oficiais indicam que mais 3,1 milhões de pessoas em Espanha já teve ou tem a covid-19 e que mais de 70 mil morreram com a doença, até quinta-feira.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.560.789 mortos no mundo, resultantes de mais de 115,1 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.458 pessoas dos 807.456 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.