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Tribunal de Hong Kong mantém na prisão 47 activistas políticos

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Um tribunal de Hong Kong decidiu manter presos o total de 47 ativistas pró democracia acusados de violação da lei de segurança nacional mesmo depois do Departamento de Justiça ter pedido a libertação de 15 sob fiança.

O tribunal comunicou que aos outros 32 ativistas foi negada a possibilidade sequer de pedir liberdade sob fiança e que a próxima audiência está marcada para dia 31 de maio.

Os ativistas são acusados de conspiração e subversão no quadro da lei de segurança nacional imposta pela República Popular da China à Região Administrativa Especial de Hong Kong.

Todos são acusados de envolvimento nas eleições primárias ilegais realizadas no ano passado e que foram apontadas pelo regime como conspiração para paralisar o governo de Hong Kong.

Com esta decisão a maior parte dos dirigentes pró democracia fica sob prisão tendo muitos outros procurado exílio no Ocidente.   

O processo apresentado pelos advogados no sentido da libertação sob fiança começou na segunda-feira.

Sob a lei geral de Hong Kong é concedida a libertação sob fiança aos acusados de crimes não violentos mas a lei imposta por Pequim retira a possibilidade de fiança "até que um juiz determine que existem razões suficientes para se acreditar que os acusados não vão a continuar a cometer atos contra a segurança nacional".

Estes 47 acusados fazem parte de um grupo de 55 ativistas que começou a ser detido em janeiro pelo envolvimento nas eleições primárias, oito dos quais só conhecerem a acusação no domingo.

O caso já motivou protestos internacionais, por parte de governos e grupos de direitos humanos que condenaram o processo.

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, antiga potência colonial do território, Dominic Raab, considerou as acusações "profundamente perturbadoras" acrescentando que a lei de segurança nacional está a ser utilizada para eliminar dissidentes políticos.