Eleições Autárquicas Madeira

CDS-Madeira com listas próprias em três concelhos e coligado onde é oposição

Neste momento, está "acertada a coligação no Funchal", disse hoje Rui Barreto à agência Lusa

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O CDS/Madeira vai replicar nas autárquicas a coligação que tem com o PSD no Governo Regional nas candidaturas ao Funchal e nos concelhos onde é oposição, apresentando listas próprias em Santana, Câmara de Lobos e Calheta.

Neste momento, está "acertada a coligação no Funchal", disse hoje líder do CDS/Madeira à agência Lusa.

Rui Barreto acrescentou que "CDS e PSD devem ir juntos nos concelhos onde são oposição", nomeadamente, Santa Cruz, Machico, Porto Moniz e Ponta do Sol.

O JPP governa no município de Santa Cruz, contíguo a leste do Funchal, e o PS nos outros três concelhos.

Rui Barreto, que desempenha também o cargo de secretário regional da Economia no Governo da Madeira de coligação PSD/CDS, salientou ter sido "mandatado pela Comissão Política Regional do partido para definir a estratégia autárquica" no arquipélago.

Isto inclui "a negociação de coligações com o parceiro de Governo, o PSD", complementou.

Em termos de candidaturas definidas, declarou que "o CDS/Madeira já definiu, neste momento, os cabeças de lista em Santana e Câmara de Lobos".

O líder centrista madeirense indicou que "Dinarte Fernandes e Amílcar Figueira são os candidatos apresentados pelo CDS às próximas eleições autárquicas, nos municípios Santana e Câmara de Lobos, respetivamente, onde o partido concorre com listas próprias".

O concelho de Santana é o único governado pelo CDS na Madeira, depois de os centristas terem vencido as eleições autárquicas de 2013 e afastado o PSD que sempre teve a maioria naquele concelho a norte.

Dinarte Fernandes já tinha integrado as listas do partido encabeçadas por Teófilo Cunha nas autárquicas de 2013 e 2017, tendo sido eleito vereador.

Em 2019, quando Teófilo Cunha foi escolhido para integrar o Governo Regional de coligação, passando a desempenhar o cargo de secretário regional do Mar, Dinarte Fernandes assumiu a presidência do município de Santana e é a primeira vez que encabeça a candidatura centrista naquela localidade.

Por seu turno, Amílcar Figueira, que desde a adolescência é um militante ativo do CDS/Madeira, é atualmente secretário-geral adjunto do partido e vereador no município de Câmara de Lobos, sendo também a primeira vez que dá rosto à candidatura dos centristas neste concelho.

Ainda não está oficialmente anunciado o candidato próprio centrista no município da Calheta, na zona oeste da Madeira.

O CDS/Madeira também já decidiu "apoiar os movimentos independentes" nos concelhos da Ribeira Brava e São Vicente, liderados, respetivamente, por Ricardo Nascimento e José António Garcês.

No caso da ilha do Porto Santo, o líder centrista insular, declarou que "será analisado cuidadosamente pela estrutura do CDS, não estando, para já, uma estratégia definida".

Nas autárquicas de 01 de outubro de 2017, o PSD continuou a ser o partido mais votado com 46.536 votos (33,62%), mas apenas conseguiu manter a governação em quatro dos 11 concelhos que já detivera na região, nomeadamente, Câmara de Lobos, Ribeira Brava, Calheta e Porto Santo.

Com 17,03%, a coligação Confiança (PS, BE, PDR e Nós, Cidadãos!) assegurou a liderança no Funchal, o principal município da Madeira.

O PS/Madeira venceu nos concelhos de Machico, Porto Moniz e Ponta do Sol, onde elegeu a única mulher para a presidência de um município no arquipélago, totalizando 16.714 votos (12,07%).

O JPP assegurou a sua supremacia no concelho de Santa Cruz com 10,17% (14.080 votos) e o CDS defendeu o seu reduto em Santana, alcançando 9,02% (12.493 votos).

A data da realização das eleições autárquicas ainda não está marcada, mas, segundo a lei, decorrem entre setembro e outubro.