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Moçambique vai vacinar 70 mil professores do ensino primário

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Moçambique vai vacinar 70 mil professores do ensino primário na segunda fase de vacinação contra o novo coronavírus, anunciou o Ministério da Saúde.

"Na segunda fase, para a primeira ronda, que vai começar em breve, vamos alcançar 70 mil professores primários", disse Benigna Matsinhe, diretora adjunta de Saúde Pública, durante a atualização de dados sobre a pandemia na segunda-feira.

Segundo Benigna Matsinhe, numa fase subsequente, ainda sem datas e números previstos, serão abrangidos os outros grupos de professores.

De acordo com dados avançados pela diretora, até ao momento foram vacinados no país um total de 3.604 diabéticos, 3.224 idosos, incluindo pessoas reformadas, além de mais de 400 trabalhadores em morgues e coveiros.

"Dentro dos diferentes grupos há os que por algum motivo não foram elegíveis no momento da vacinação porque, entre outras razões, estavam doentes ou a amamentar", referiu a diretora, acrescentando que a situação se verificou principalmente no grupo de diabéticos e dos trabalhadores em morgues.

Na segunda fase de vacinação contra a covid-19, as autoridades de saúde moçambicanas vão continuar a vacinar diabéticos, incluindo doentes crónicos com terapia imunossupressiva, insuficiência cardíaca e respiratória crónica.

Os reclusos, pessoas em centros de acomodação, jornalistas e polícias com idade superior a 50 anos poderão também fazer parte dos grupos a imunizar na segunda fase.

Moçambique recebeu até agora 200.000 vacinas da China, 100.000 da Índia e outras 384.000 doadas no âmbito da iniciativa Covax, de onde se espera receber, até maio, mais 1,7 milhões de vacinas.

O país espera vacinar 17 milhões de pessoas até 2022, excluindo-se os menores de 15 anos e as mulheres grávidas.

Moçambique tem um total acumulado de 769 óbitos e 67.292 casos, dos quais 82% recuperados.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.784.276 mortos no mundo, resultantes de mais de 127 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.