Palpites meteorológicos
Boa noite!
Até ontem, as previsões meteorológicas estavam nas mãos do IPMA. Um exclusivo usurpado por instantes pelo vice-presidente do Governo Regional e candidato quase oficializado à Câmara do Funchal.
Com algum alarmismo que se espalhou por todo o País, Pedro Calado assumiu que a tempestade poderia estar de regresso já esta quarta-feira, alegando ter indicadores que apontavam para que a precipitação fosse mais forte do que a registada no passado fim-de-semana.
O IPMA não confirma este vaticínio governativo. No MAIS DIÁRIO de hoje Victor Prior garante que a situação meteorológica prevista para esta quarta-feira “não é comparável com a situação de sábado, onde se registou uma situação extrema de precipitação, atingindo valores que nunca tinham sido registados no Funchal”, sublinhando que se tratará de “um dia de chuva normal”, sem muita precipitação”.
Se assim for, pois a meteorologia também tem sido pródiga em erros de cálculo, o governante meteu água. E não foi só neste caso, à boleia do temporal. O elogio fácil ao bom comportamento das ribeiras do Funchal ignora um facto: a chuva que caiu de forma intensa e assustadora na zona impermeabilizada da cidade provocaria estragos bem maiores se ocorresse com violência nos picos mais altos. Uma verdade indesmentível que a campanha autárquica moldou a interesses partidários.
O que os funchalenses precisam é de maior rigor e menos palpite. Um princípio que se aplica também a quem está no poder na CMF e que segundo os críticos não actuou com prontidão, nem teve postura preventiva.