EUA dão recompensa de 8,5 milhões de euros por assassino de Hariri
Os Estados Unidos anunciaram hoje uma recompensa que pode chegar aos 10 milhões de dólares (8,5 milhões de euros) por informações sobre um membro do movimento xiita libanês Hezbollah condenado pelo assassínio de um antigo primeiro-ministro do Líbano.
Em dezembro de 2020, Salim Ayyash foi condenado, à revelia, a prisão perpétua pelo Tribunal Especial das Nações Unidas para o Líbano pelo papel que desempenhou no atentado suicida que, em 2005, vitimou Rafic Hariri e 21 outras pessoas. A sentença foi alvo, entretanto, de um recurso.
Num comunicado, o Departamento de Estado norte-americano apresentou Ayyash como "um importante membro operacional da Unidade 121 do Hezbollah, o esquadrão da morte" do grupo que, refere, "recebe ordens diretamente" do líder do movimento xiita libanês Hassan Nasrallah.
"Ayyash é conhecido por ter estado envolvido nos esforços para fazer o mal a pessoal militar norte-americano", acrescenta o Departamento de Estado norte-americano, sem avançar pormenores.
Ayyash continua foragido e Nasrallah recusa-se a entregá-lo, mesmo depois de o Tribunal Especial da ONU para o Líbano ter emitido um mandado de prisão internacional.
O tribunal, cuja sede fica em Haia, tem previsto julgar novamente Ayyash em junho próximo, desta vez sob a acusação de envolvimento em três ataques contra políticos cometidos em 2004 e 2005.
Os Estados Unidos consideram o Hezbollah uma organização terrorista e um dos principais "braços armados" do Irão na região.