Saiba aqui que notícias marcam a agenda de hoje
Milhares de pessoas continuam a tentar abandonar Palma, distrito no norte de Moçambique onde estão instalados diversos projetos de exploração de gás natural e que foi alvo de ataque na quarta-feira por grupos armados.
No domingo, uma ponte aérea foi montada entre Pemba, capital provincial de Cabo Delgado, e Maputo para retirar do norte de Moçambique quase 1.300 pessoas resgatadas no sábado por navio do distrito de Palma. Prevê-se que a operação decorra até hoje, disse à Lusa uma fonte da petrolífera Total.
Os voos transportam sobretudo trabalhadores ligados ao projeto de gás para a capital moçambicana, de onde terão ligação para as suas províncias ou para outros países, no caso de funcionários estrangeiros.
Um grupo de trabalhadores portugueses seguiu no primeiro avião que descolou no domingo de Pemba para Maputo, depois de um navio ter chegado ao porto de Pemba com 1.300 pessoas a bordo, disse à Lusa um dos integrantes do grupo.
Um segundo navio é aguardado hoje, de acordo com as autoridades portuárias de Pemba, transportando sobretudo população deslocada do distrito de Palma, 200 quilómetros a norte da capital provincial.
A vila de Palma, sede de distrito que acolhe os projetos de gás do norte de Moçambique, foi atacada na quarta-feira por grupos insurgentes que há três anos e meio aterrorizam a região.
Dezenas de civis, incluindo sete pessoas que tentavam fugir do principal hotel de Palma, foram mortos pelo grupo armado que atacou a vila na quarta-feira, disse o Ministério da Defesa moçambicano. Um português ficou ferido e foi transferido para a África do Sul, para tratamento médico, disseram as autoridades portuguesas.
A violência no norte de Moçambique está a provocar uma crise humanitária com quase 700 mil deslocados e mais de duas mil mortes.
Em Lisboa, o Ministério da Educação apresenta hoje os resultados de um estudo-diagnóstico para aferir o impacto do primeiro confinamento, no ano passado, no âmbito da pandemia de covid-19, nas aprendizagens dos alunos.
No início deste ano, durante o mês de janeiro, cerca de 30 mil alunos dos 3.º, 6.º e 9.º anos, em mais de 1.400 escolas de todo o país, realizaram testes de diagnóstico para aferir o que aprenderam durante a pandemia de covid-19.
O objetivo desses testes foi avaliar os conhecimentos dos estudantes em literacias científicas, matemáticas, leitura e informação, tendo em conta a situação excecional que se viveu durante mais de três meses do ano passado, em que as aulas presenciais foram suspensas e substituídas pelo ensino à distância.
No final de janeiro, a pandemia da covid-19 voltou a obrigar ao encerramento das escolas e desde 08 de fevereiro que os alunos estão novamente a ter aulas 'online', à exceção das crianças do pré-escolar e do 1.º ciclo, que regressaram às escolas na semana passada.
Na sessão de hoje, será também apresentada a atualização do InfoEscolas, o portal do Ministério da Educação com informação estatística sobre a demografia e o desempenho escolar dos alunos.
Hoje, também é notícia:
CULTURA
O acesso gratuito de estudantes a museus e a integração da vida cultural nos planos de estudos são algumas das medidas a apresentar na Cimeira Europeia Universidade & Cultura, a decorrer hoje e terça-feira.
A Cimeira, em formato 'online', surge no âmbito da Presidência Portuguesa da União Europeia e é organizada pelo Plano Nacional de Artes e pela Universidade do Porto, que vai avançar com um Corredor Cultural da cidade, com o objetivo de concretizar um Corredor Cultural Português, com outras universidades, abrindo caminho a um Corredor Cultural Europeu, que inclua museus e salas de espetáculo.
O encontro conta com participações de personalidades como o ensaísta Alberto Manguel, do Centro de Estudos da História da Leitura, em Lisboa, o filósofo e investigador Daniel Innerarity, professor de Ciência Política da Universidade do País Basco, a coreógrafa Manuela Vitorino e o artista Miguel Januário.
Estão previstas intervenções da ministra da Cultura, Graça Fonseca, do ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, do comissário do Plano Nacional das Artes, Paulo Pires do Vale, do reitor da Universidade do Porto e presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas, António de Sousa Pereira, das comissárias europeias para a Inovação, Mariya Gabriel, e para Coesão e Reformas, Elisa Ferreira, assim como do presidente da Associação das Universidades Europeias, Michael Murphy.
DESPORTO
A seleção portuguesa de futebol realiza hoje o primeiro e único treino na cidade do Luxemburgo antes de, na terça-feira, disputar o terceiro encontro no Grupo A de qualificação para o Mundial2022.
Portugal treina a partir das 16:30 (hora de Lisboa), no Estádio Josy Barthel, com os primeiros 15 minutos abertos aos jornalistas, numa sessão na qual o selecionador Fernando Santos deverá contar com todos os jogadores, ainda que se mantenha a dúvida quanto à disponibilidade física de João Moutinho, que falhou o jogo de sábado, com a Sérvia, devido a lesão.
Pouco antes de se iniciar a sessão, às 15:45, o técnico e um jogador a designar vão fazer a antevisão da partida com o Luxemburgo, que encerra a primeira tripla jornada de apuramento para o próximo Campeonato do Mundo.
A seleção nacional estreou-se no Grupo A da qualificação europeia com um triunfo sobre o Azerbaijão (1-0), em Turim, antes de ceder um empate na visita à Sérvia (2-2), em Belgrado.
ECONOMIA
A fábrica da Autoeuropa, em Palmela, retoma hoje a produção de automóveis, que tinha sido interrompida no passado dia 22 de março, devido à falta de semicondutores, confirmou à agência Lusa fonte da empresa.
De acordo com os números divulgados pela fábrica do grupo Volkswagen em Palmela, a suspensão temporária da produção, durante uma semana, terá provocado uma "perda de 5.700 automóveis".
A Volkswagen Autoeuropa cancelou todos os turnos de produção entre 22 e 28 de março devido à falta de semicondutores no mercado, um problema que já se faz sentir há algum tempo no setor automóvel, mas que, até agora, ainda não tinha obrigado a nenhuma suspensão de produção na fábrica de Palmela, no distrito de Setúbal.
No último trimestre de 2020, o Grupo Volkswagen tinha já criado uma 'task force' com o objetivo de minimizar o impacto da escassez global de semicondutores nas suas fábricas.
O Ano Europeu do Transporte Ferroviário é lançado hoje pela presidência portuguesa do Conselho da União Europeia (UE) e pretende destacar a ferrovia como "instrumento fundamental" para atingir as metas do Pacto Ecológico Europeu, nomeadamente, alcançar a neutralidade carbónica até 2050.
O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, e a comissária europeia para os Transportes, Adina Valean, farão a abertura do lançamento do Ano da Ferrovia, que contará no encerramento com a comissária europeia da Coesão e Reformas, Elisa Ferreira.
Durante o Ano Europeu estão planeadas 82 iniciativas em vários Estados-membros da UE, com Portugal a organizar "uma conferência sobre as redes europeias de transporte", inicialmente prevista para junho, mas adiada para setembro por causa da pandemia da covid-19.
Associado à conferência, haverá um "comboio de Lisboa a Ljubljana, que partirá de Lisboa e que fará escala em Bruxelas, Berlim e Bucareste, terminando em Ljubljana", capital da Eslovénia, que exerce a presidência da UE no segundo semestre de 2021, "com uma série de eventos ao longo do trajeto".
A presidência portuguesa do Conselho da União Europeia (UE) organiza hoje uma conferência digital sobre o papel da economia social na criação de emprego e na implementação do Pilar Europeu dos Direitos Sociais.
A conferência visa contribuir para o debate em curso sobre a Economia Social, no âmbito do Plano de Ação para a Economia Social da Comissão Europeia, que será apresentado no último trimestre deste ano, e abordar o papel da Economia Social na construção e consolidação do Pilar Europeu dos Direitos Sociais, cujo plano de ação foi apresentado pela Comissão Europeia no passado dia 04 de março e sobre o qual irá incidir a Cimeira Social do Porto, nos dias 07 e 08 de maio.
Com início previsto para as 10:30, a conferência conta, na sessão de abertura, com a participação da Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, e do presidente da Câmara Municipal de Sintra, Basílio Horta, seguindo-se uma intervenção do comissário europeu para o Emprego e Direitos Sociais, Nicolas Schmit.
INTERNACIONAL
As alegações iniciais do julgamento do ex-polícia norte-americano Derek Chauvin, acusado da morte do afro-americano George Floyd, no ano passado, começam hoje num tribunal em Minneapolis.
Em 25 de maio de 2020, em plena via pública, Derek Chauvin ficou ajoelhado sobre o pescoço de George Floyd durante oito minutos e 46 segundos, asfixiando-o mortalmente. Câmaras de videovigilância e dos telemóveis de vários transeuntes registaram o gesto do então polícia, mas também a frase repetida várias vezes por Floyd: "Não consigo respirar".
O caso desencadeou uma vaga de protestos antirracismo e contra a brutalidade policial em várias cidades norte-americanas e no mundo, sob o lema "Black Lives Matter" ("as vidas dos negros importam").
A seleção da composição do júri do julgamento, num total de 15 pessoas (incluindo suplentes), foi concluída na passada terça-feira.
O veredicto do julgamento é aguardado para o final de abril ou início de maio.
LUSOFONIA, ÁFRICA E COMUNIDADES
O secretariado da Área de Livre Comércio Continental Africana (ALCCA/AfCFTA, na sigla em inglês) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) anunciam uma parceria para apoiar a maior área de comércio livre do mundo, direcionada à Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
A cerimónia, em Nova Iorque, é presidida por Wamkele Mene, secretário-geral da ALCCA, e conta com a participação de Ahunna Eziakonwa, secretária-geral adjunta e diretora da ONU para o Gabinete Regional do PNUD para África, e de Fatma Mohamed Kyari, embaixador da União Africana na Missão Observadora Permanente em Nova Iorque, na sede da ONU.
Em vigor desde o início deste ano, o acordo de livre comércio em África cria um mercado único de 1,3 mil milhões de pessoas com um Produto Interno Bruto de 3,4 biliões de dólares, o equivalente a cerca de 2,7 biliões de euros, e abrange a grande maioria dos países africanos.
SOCIEDADE
O prémio de inovação IN3+, iniciativa da Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM) que distingue com um milhão de euros três soluções inovadoras, é entregue a projetos nas áreas da inteligência artificial, nanotecnologia e comunicação digital.
A terceira edição distingue os projetos AICeBlock, da associação Fraunhofer Portugal, HIGHLIGHT, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (UNL), e IDINA, do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores - Tecnologia e Ciência (Inesc-Tec).
As equipas premiadas vão desenvolver os projetos em conjunto com a equipa do INCMLab, laboratório da Imprensa Nacional-Casa da Moeda, para "aplicar as suas soluções à escala real e, assim, contribuir para a inovação na oferta de produtos e serviços que chegarão a todos e à sociedade", segundo a INCM.
O prémio de inovação IN3+ visa "apoiar a geração de novas ideias nacionais e internacionais" e destina-se a "todos os investigadores, empreendedores, centros de investigação, universidades, empresas ou 'startups' que fazem parte da Rede Inovação INCM".
Os dados dos acidentes rodoviários registados em 2020, que apontam para menos desastres e vítimas mortais num ano marcado por medidas de confinamento devido à covid-19, vão ser hoje apresentados.
O relatório de 2020 da ANSR indica que se registaram, por comparação com o ano anterior, menos 25,8% de acidentes (-9.203), menos 17,7% de vítimas mortais (-84), menos 20,5% de feridos graves (-472) e menos 28,9% de feridos leves (-12.496).
A iniciativa vai acontecer na Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) e contará com a presença da secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar.