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Mais de 2.000 deslocados depois de confrontos na região de Cauca, na Colômbia

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Mais de 2.000 pessoas abandonaram a cidade colombiana de El Plateado, no departamento de Cauca, no sudoeste do país, devido aos confrontos entre grupos armados ilegais, que acontecem desde sexta-feira, adiantaram hoje autoridades locais.

O confronto armado, que já causou a morte de um soldado, estendeu-se durante a tarde de sábado e levou ao "deslocamento massivo de mais de 2.000 pessoas" que fugiram para outras zonas urbanas do município de Argélia, a que pertence El Plateado, segundo a agência EFE, que cita as autoridades locais.

"Estes acontecimentos ocorreram no centro urbano da cidade de El Plateado, com mais de 6.000 civis expostos ao uso de artefactos explosivos convencionais e não convencionais por parte dos atores armados ilegais", informou a entidade de Defesa Pública, no Twitter.

O Defensor Público, Carlos Camargo, solicitou "resposta imediata e integral de prevenção e proteção por parte das autoridades e a ativação do plano de continência municipal e departamental".

Para além dos confrontos, a explosão de um carro-bomba junto à Câmara Municipal de Corinto, também no departamento de Cauca, provocou 43 feridos.

O Governo colombiano atribuiu a autoria do ataque a dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC)

Um relatório divulgado pela ONU na sexta-feira indica que mais de 13.000 pessoas tiveram de fugir da violência entre grupos armados e forças governamentais este ano na Colômbia.

O relatório apontou que 13.422 pessoas, incluindo 5.574 menores, foram obrigadas a fugir, só este ano, devido à violência no país.

A Colômbia é palco dos piores confrontos entre grupos armados desde a assinatura, em 2016, do acordo de paz entre Bogotá e a antiga guerrilha FARC.

De acordo com peritos, o Estado colombiano não recuperou o controlo dos territórios anteriormente controlados pela guerrilha marxista, o que facilitou a consolidação de novos grupos armados.

Dissidentes das FARC, rebeldes da guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN) da Colômbia e grupos de traficantes de origem paramilitar lutam pelo domínio do tráfico de droga, extorsão e mineração ilegal.