Calado critica Câmara do Funchal por não ter feito o devido trabalho de prevenção para o temporal
Governo admite apoiar as autarquias afectadas a reabilitar estragos do mau tempo
“O Governo Regional nunca mas nunca virou as costas a qualquer autarquia. Nunca o fez nem o vai fazer”. Resposta de Pedro Calado, Vice-presidente, ao ser questionado se o Governo Regional iria ajudar as autarquias afectadas pelo mau tempo.
“Sempre que é necessário a intervenção com meios do Governo Regional para complementar as ajudas e os meios físicos que as autarquias tem, nós estamos sempre prontos”, garantiu.
Apontou os exemplos do que aconteceu num passado recente no Porto da Cruz e na Ribeira Brava – desabamento de estradas municipais – e também na costa norte da Madeira, para vincar que “encontramos sempre soluções” quando há “trabalho em conjunto”.
Reafirmou por isso que “qualquer necessidade que seja solicitada, nós não nos vamos sobrepor a aquela que é a competência das autarquias, mas podemos fazer um trabalho complementar, não só nas limpezas, mas também na salvaguarda das populações, como também a fazer as reparações e as intervenções que forem necessárias”.
Contudo, defende que “mais do que remediar, o melhor é prevenir”. Deu o exemplo do trabalho de prevenção que o Governo Regional tem feito nas ribeiras do Funchal para apontar reparos à Câmara Municipal do Funchal. Para dizer que sempre que é emitido aviso de mau tempo “tem que haver um trabalho de preparação, sobretudo de limpeza de estradas e de sarjetas e mesmo o desafunilar muitas vezes de obstáculos que possam contribuir para dificultar o escoamento da água”. Referia-se neste particular à construção da ciclovia na Estrada Monumental. Não referiu a obra em causa mas identificou a Ponte do Ribeiro Seco como “um bom exemplo daquilo que não deveria ter acontecido”.
Considera que o afunilamento da ciclovia foi a causa da água estagnada. Daí o alerta: “É preciso ter cada vez mais atenção a estes avisos de mau tempo, trabalhar previamente nessas soluções e evitar que haja o acumular destas águas, sobretudo em zonas de grande circulação automóvel”.
Feita a crítica, concluiu que “todos temos que aprender com os erros e corrigir as situações para evitar que no futuro voltem a acontecer”.