Manobra de diversão
O Governo (GOV) perante a quebra do “segredo” envolvendo a venda de 6 barragens do Douro à multinacional Engie, permitindo que 110 milhões de euros de IS ficassem submersos em “águas profundas”, efetuou uma manobra de diversão para distrair os portugueses do assunto.
Vai daí trazer pela enésima vez à ribalta o ex-BES chamando a depor na Assembleia da República vários políticos do PSD cujos depoimentos, como é fácil de imaginar, nada de novo trarão.
Já todos percebemos o que se passou no ex-BES, tal como já se tinha passado no BPN, e que se deveu essencialmente à gestão fraudulenta levada a cabo pelos administradores desses bancos e à incúria e incompetência do BP na fiscalização dos mesmos, levando muitos investidores que neles confiaram a perder as suas poupanças e à miséria. Foram os conluios entre ex-BES e o GOV socialista de Sócrates que impediram inclusive a OPA da SONAE sobre a PT impossibilitando o País de ter uma empresa no setor das telecomunicações com dimensão no mínimo europeia e que deram azo a todas as outras “negociatas” tornadas públicas fruto da investigação do MP nos 2 megaprocessos em curso.
O atual GOV socialista como o anterior faz da mentira e do embuste a sua forma privilegiada de comunicar com os portugueses procurando levá-los a acreditar nas suas “verdades” mesmo que desmentidas pelo escandaloso incumprimento das promessas vertidas em sucessivos OE, ou ao afirmar desconhecer qualquer manobra de evasão fiscal na “negociata” das barragens para logo de seguida perante a descoberta do “segredo” tentar dar o dito por não dito.
A questão fundamental que obrigatoriamente tem de ser colocada é porque razão o ex-BES não recorreu ao PAEF da Troika como outros bancos fizeram? Porque se o fizesse ter-se-ia descoberto de imediato a imensidão das falcatruas na gestão do banco! Por tudo isto esta convocação socialista de vários políticos do PSD para prestar declarações sobre o ex-BES, não passa de mera manobra de diversão.
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