Madeira

7 notas sobre a sondagem

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Boa noite!

1. Depois da sondagem de hoje, publicada no DIÁRIO e MAIS DIÁRIO, a corrida autárquica no Funchal está obrigada a ganhar outra embalagem e vigor pois, normalmente, quem joga para o empate, arrisca-se a perder.

2. Quem quiser descolar de forma sustentada num contexto bipolarizado e com a ameaça crescente de populismos sabe o que deve fazer. Definir projectos, escolher equipas e gerar empatias é elementar.

3. As reacções permitiram revelar os estados de alma de Miguel Silva Gouveia e de Pedro Calado. O autarca assume que nada teme. O governante admite ter alguns medos. Está lançado o mote para os primeiros dias de uma campanha em que todos conhecem os expedientes que reprovam, num tempo em que as denúncias anónimas e os processos judiciais podem baralhar as contas.

4. As 1.520 entrevistas validadas permitem fazer leituras sustentadas, mesmo que com óculos partidários. Quem quer ser levado a sério não deve deturpar o processo que visa ajudar o eleitorado a escolher conscientemente as escolhas que julga determinantes para o futuro colectivo.

5. O facto das personalidades independentes valerem mais do que alguns partidos, como a CDU e JPP, diz muito sobre a erosão de algumas figuras políticas na Região.

6. O ex-vereador da CMF, o conhecido geógrafo e ambientalista Raimundo Quintal, é a escolha de quase 30% inquiridos para encabeçar uma candidatura independente à Câmara do Funchal. Está criado um contexto favorável ao regresso de todos quantos querem passar das palavras aos actos.

7. A incerteza quanto ao vencedor poderá ser um trunfo a favor dos funchalenses. Como está visto que as eleições serão ganhas nos detalhes, quase de certeza que a constituição das candidaturas será mais rigorosa, menos dada a compensações irracionais e a promoções da mediocridade.