Apesar do impacto significativo provocado pela mudança horária com a entrada em vigor, este domingo, da Hora Legal de Verão, o Governo Regional da Madeira não vai alterar a hora de recolher obrigatório. Miguel Albuquerque recusa reajustar o ‘relógio’ das medidas de controlo da pandemia ao ‘horário solar’.

Adiantar também a hora determinado para encerramento de restaurantes, bares e similares, e, por consequência, a interdição de circulação na via pública, não colhe a concordância do presidente do Governo. Albuquerque recusa ajustar o ‘relógio da pandemia’, ao manter inalterável o recolher obrigatório a partir das 19 horas, durante os dias da semana, e depois das 18 horas, aos fins-de-semana e feriados. Contudo, o mesmo será dizer que já este domingo, o recolher obrigatório (18h) corresponderá às 17 horas do dia anterior, ou seja, cerca de duas horas e meia antes do entardecer. Uma hora mais cedo, que na prática corresponderá ao meio da tarde, fecham os estabelecimentos. Cenário a repetir-se no fim-de-semana prolongado da Páscoa.

Constrangimento que se adivinha com particular impacto junto das áreas balneares. Sobretudo quando o tempo for convidativo a banhos, uma vez que a meio da tarde – hora a partir da qual é aconselhada a prática balnear vespertina – coincidirá com o recolher obrigatório.

Mesmo nos dias úteis da semana, ou seja, já a partir de segunda-feira, o recolher obrigatório ocorre quando ainda faltar hora meia para o ocaso.

Conhecendo-se os hábitos dos madeirenses e demais residentes, o não reajuste das medidas de controlo da pandemia à hora solar terá inevitavelmente impactos. Até porque, tem sido notório e até mesmo flagrante nas últimas semanas com o ‘crescimento dos dias’, o aumento de pessoas a circular via pública mesmo depois das 19 horas e até ao entardecer.

Com a entrada em vigor da Hora de Verão (relógio adianta uma hora), este domingo, dia 28 de Março, o pôr-do-sol na Madeira passará a ocorrer a partir das 20h25, aumentando diariamente até ao início do Verão.