Madeira

Albuquerque diz que Plano de Recuperação e Resiliência deve estar atento às regiões periféricas

Presidente do Governo Regional falava, nesta manhã, a partir da Quinta Vigia, através de vídeo conferência, no âmbito da reunião do Bureau Politico da CRPM, Conferência da Regiões Periféricas e Marítimas da União Europeia, do qual é membro eleito

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O presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, defendeu hoje que para haver uma efectiva recuperação das economias ultraperiféricas será necessário o empenho máximo conjunto e coordenado da Comissão, dos Estados-Membros e das próprias Regiões. Para tal, diz, terá carácter decisivo o Plano de Recuperação e Resiliência europeu, sublinhando a prioridade que deve ser dada ao emprego e aos transportes.

Albuquerque falava, nesta manhã, a partir da Quinta Vigia, através de vídeo conferência, no âmbito da reunião do Bureau Politico da CRPM, Conferência da Regiões Periféricas e Marítimas da União Europeia, do qual é membro eleito.

O chefe do executivo regional assumiu que "se o crescimento e o emprego estão entre as preocupações centrais dos Planos de Recuperação, então será devida uma especial atenção às regiões mais dependentes dos sectores mais afectados pela crise como o turismo, em particular as mais vulneráveis», entre as quais se encontra a Região.

 É preciso assinalar também que, para haver recuperação efectiva numa região com as características da minha, é necessário igualmente atender ao sector dos transportes, que é absolutamente crítico. É preciso investir no aumento da segurança e da confiança na deslocação". Miguel Albuquerque 

Reiterando o carácter decisivo que o Plano apresenta para a Europa no actual contexto e para a Região a que preside, Miguel Albuquerque lembrou que o cenário enfrentado na Região Autónoma da Madeira, bem como noutras regiões europeias e, particularmente nas Regiões Ultraperiféricas, é muito gravoso.

"Partindo de uma situação de vulnerabilidade acrescida em função de constrangimentos como a distância, o isolamento, a pequena dimensão de mercado e das suas empresas, a Região Autónoma da Madeira tem sofrido de forma desproporcionada os efeitos da crise pandémica da COVID-19", referiu.

Os impactos, afirmou, são muito significativos a nível económico, financeiro e social.

O presidente do Governo Regional recordou a dependência muito elevada da RAM relativamente ao sector do turismo (representa 26% do PIB e tem um grande impacto no emprego - direta e indiretamente), sublinhando que este foi afectado de forma extrema no contexto da presente crise pandémica.

Para ilustrar a amplitude das dificuldades enfrentadas, disse estar estimada na RAM uma quebra do PIB superior a 20% em 2020 (face a uma quebra de cerca de 7,5% a nível nacional), confirmando os alertas que o Governo Regional fez desde o primeiro momento.