Madeira

Crise na Groundforce preocupa JPP

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As empresas de 'handling' assumem uma grande importância no sector da aviação e prestam um “serviço fundamental no transporte aéreo” e, consequentemente, na “estratégia de desenvolvimento” do país, defendeu hoje o JPP no Aeroporto da Madeira, onde a empresa Groundforce atravessa uma fase complicada devido à quebra de receitas verificada no transporte aéreo.

O deputado Paulo Neves afirmou que “o grave “sobressalto” causado pela Covid-19 estendeu-se a todos os sectores da sociedade e o sector aéreo não foi excepção. No caso de Portugal, que depende do turismo para a sua economia, o impacto foi maior, relativamente a outros países da União Europeia (UE).

O sector da aviação foi um dos primeiros a sentir estes efeitos, com a maioria das companhias aéreas a “encostar às boxes” devidos às limitações dos voos decorrentes da crise pandémica. Com isso, as empresas de handling, onde se insere a Groundforce, viram-se com uma massa salarial incomportável, para a realidade actual do sector da aviação comercial.

Uma das soluções seria, no entender do JPP, o aumento de capital por parte da TAP (responsável por 70% do negócio da Groundforce), de 6,97 milhões de euros, com um valor de 10€ por acção, de acordo com uma avaliação independente de 2018.

O destino dos 2400 trabalhadores da empresa, dos quais 208 trabalham na Região Autónoma da Madeira, está assim dependente das negociações entre os dois sócios.

“Perante esta situação o Grupo Parlamentar do JPP na ALRAM, reuniu-se, a 18 de Março, com a Subcomissão de Trabalhadores da Groundforce na RAM, com o intuito de auscultar as suas reivindicações e prestar-se a dar voz a estes trabalhadores.

No decorrer desta reunião, o JPP informou que a Câmara Municipal de Santa Cruz intercedeu junto do Governo da República para que houvesse uma pronta resolução do assunto, e enviou uma missiva ao Primeiro-Ministro António Costa (nesse mesmo dia), colocando as inquietações que as famílias sentiam e fazendo notar a importância que a empresa tem para a economia regional, em especial por ser uma Região Ultraperiférica.

A 19 de Março, foi delineado um acordo entre a TAP e a PASOGAL que “colocará um fim à situação precária dos trabalhadores Groundforce, uma vez que as facturas e responsabilidades financeiras destes, não se compadecem com esta situação”.

No entanto, o JPP entende que a solução apresentada será “temporária” e dará um “balão de oxigénio” de alguns meses à Groundforce. Por isso, defende a aquisição de capital social da Groundforce por parte da TAP, como forma de dar estabilidade à Groundforce.