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Primeiro-ministro do Paquistão acusa positivo ao vírus após vacina

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O primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, contraiu o vírus SARS-CoV-2, que provoca a covid-19, dois dias depois de receber a vacina chinesa Sinopharm e permanece em isolamento, anunciou hoje o ministro da Saúde paquistanês, Faisal Sultan.

Imran Khan recebeu, na última quinta-feira, a vacina chinesa Sinopharm, a única disponível no país.

O Ministério da Saúde do Paquistão informou na rede social Twitter que "Khan não estava totalmente vacinado quando contraiu o vírus", uma vez que "só recebeu a primeira dose há dois dias, o que é muito cedo para qualquer vacina ser eficaz".

Este organismo acrescentou que "os anticorpos se desenvolvem duas a três semanas depois da segunda dose, nas vacinas de duas doses contra o coronavírus", antes de concluir a mensagem com a etiqueta "#asvacinascuram".

O contágio do primeiro-ministro acontece no meio de uma polémica naquele país asiático, porque no início do mês muitos políticos reunidos em Assembleia Nacional (NA, Câmara Baixa), decidiram não levar máscaras na eleição dos novos membros do Senado.

"Desde o primeiro-ministro, Imran Khan, ao líder da oposição, Shehbaz Sharif, o abandono de máscaras parece ser uma decisão bipartidária. É como se se tivessem reunido em segredo, antes da eleição e tivessem feito um pacto de sangue: 'Todos por um e coronavírus para todos'", escreveu num editorial, há duas semanas, o jornal Dawn, o mais prestigiado do país em inglês.

Além desta polémica, o Paquistão sentiu nos últimos dias um ressurgimento de casos do novo coronavírus, depois dos melhores dados das últimas semanas levarem o Governo a levantar parte das limitações impostas pela pandemia, como a reabertura de escolas.

Nas últimas 24 horas, o país registou 3.876 novas infeções, elevando o número total de casos, desde o início da pandemia, para 623.135, segundo dados do Ministério da Saúde do Paquistão, que contabilizou 13.799 mortes no total, 42 no último dia.

Estes números, embora longe do pico de mais de 6.800 infeções registadas em julho de 2020, contrastam com os mil casos diários registados em meados de fevereiro deste ano. Em resposta, as autoridades de Islamabade decidiram esta semana impor restrições aos horários dos restaurantes.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.702.004 mortos no mundo, resultantes de mais de 122,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.754 pessoas dos 816.623 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.