Madeira

Burocracia trava reconhecimento da República aos médicos venezuelanos

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“A burocracia, os interesses instalados, a má vontade e a incompetência do governo do PS justificam as esperas vergonhosas no processo de reconhecimento de habilitações de muitos profissionais - como por exemplo dos médicos - vindos da Venezuela e é inadmissível que, havendo necessidade, em algumas áreas, destes recursos humanos em Portugal, não exista o mínimo esforço para ultrapassar a questão” denunciou, hoje, na Assembleia da República, o deputado Paulo Neves, perante a Secretária de Estado das Comunidades.

O madeirense aproveitou para deixar claro que “atendendo à enorme pressão que foi sentida, devido à pandemia, sobre o sistema de saúde português, não ter aproveitado os médicos vindos da Venezuela foi de uma imensa falta de sentido e incompetência”. 

A título de exemplo, Paulo Neves lembrou processos semelhantes de reconhecimento de habilitações em Espanha “onde são rápidos, ao contrário do que sucede em Portugal, onde são penosos e uma longa eternidade”, acusando o Governo da República de falta de empenho, “apesar da insistência recorrente do PSD/M sobre o assunto”.

Outra das questões levantadas pelo deputado eleito pelo PSD/M à Assembleia da República, disse respeito ao Programa Regressar, de apoio financeiro a emigrantes que regressem a Portugal, programa esse que, “inexplicavelmente, não inclui os emigrantes que regressam à Madeira”, sendo uma “discriminação e uma injustiça do PS em relação aos Madeirenses”.

Paulo Neves deixou ainda um apelo para que os meios de comunicação social existentes nas comunidades, que atravessam sérias dificuldades devido à pandemia, sejam apoiados, “enquanto elos de ligação e de informação aos nossos emigrantes sobre a realidade nacional”.