Governo reclamou ontem 146 milhões de euros ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência
Dinheiro para perfazer os 5% que o Governo da República prometeu dar a cada Região Autónoma
O Governo Regional da Madeira reclamou mais 146 milhões de euros à República ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência e propôs que o mesmo Plano também contemple a reconversão, a modernização e a operacionalidade das acessibilidades marítimas na Madeira.
“Em articulação com o presidente dos Açores”, o presidente do Governo esclareceu hoje que além de denunciado “acerto relativamente à necessidade do Governo da República cumprir o seu compromisso” de entregar a cada Região Autónoma 5% dos milhões que o Fundo reserva para Portugal, ontem reclamou mais dinheiro, ao verificar que as contas ainda não batiam certas.
“Nós ontem reclamamos sobre outra vertente. É que os 130 milhões para a Madeira não perfaz os 5% uma vez que o montante do Fundo para Portugal aumentou e é superior aos 15 milhões de euros”, apontou. Nas contas de Miguel Albuquerque “ainda nos falta 146 milhões de euros para as empresas, para dar os 5% para a Madeira”, daí a reclamação formalizada ontem.
À margem da visita à empresa Electro Flow, Albuquerque defende também a necessidade deste Plano de Recuperação e Resiliência contemplar a nível nacional a importância das acessibilidades, nomeadamente “a reconversão, a modernização e a operacionalidade das acessibilidades marítimas na Madeira, designadamente os portos e marinas e a indústria naval – que está inscrito no Plano Estratégico do Mar. Achamos que essa área vital para o futuro do país”, ao lembrar que a plataforma continental portuguesa “vai ter no futuro cerca de 4 milhões de quilómetros quadrados” e passará a ser “a décima plataforma continental do mundo”. Argumento para defender a necessidade de ter neste Plano de Resiliência “uma forte componente de investimento na investigação, na modernização logística dos nossos portos e na utilização e exercício da soberania sobre aquilo que é a nossa maior riqueza, que é o mar, para além das pessoas”, concretizou.