Madeira

Eurodeputada defende estratégia para o turismo costeiro e marítimo

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Na apresentação do parecer sobre "uma nova abordagem da estratégia marítima para a Região do Atlântico" que hoje teve lugar no Parlamento Europeu, na reunião da Comissão de Transportes e Turismo, Cláudia Monteiro de Aguiar assumiu como “crucial” que a renovação desta estratégia aposte na “melhoria das acessibilidades e a conectividade de todas as regiões do Atlântico, em particular da Madeira e dos Açores”, e sublinhou que estas regiões “têm apenas duas portas de entrada para a circulação de pessoas e mercadorias - os transportes marítimo e aéreo - e que é precisamente por isso que as autoestradas do mar precisam de estar no centro desta estratégia bem como da rede transeuropeia de transportes”.

Cláudia Monteiro de Aguiar lamentou que a perspectiva da União, plasmada nas suas diferentes políticas, tenha uma visão maioritariamente continental e que o denominado valor acrescentado europeu para os projectos diga apenas respeito às acessibilidades dentro do território continental, não dando a devida relevância ao insular.

“A Comissão Europeia tem de garantir o princípio de que todas as regiões europeias tenham apoios que garantam a acessibilidade justa ao continente europeu e ao mercado interno, por via aérea e marítima”, exigiu e pediu, ainda, à Comissão Europeia, que apresente com urgência "um novo plano de ação para o Turismo costeiro e marítimo, pois o que está em vigor data de 2014", frisando que este tema e pedido constam também do relatório sobre o "Estabelecimento de uma Estratégia para o Turismo Sustentável”, no qual é relatora.

Por último, a eurodeputada madeirense destacou que o financiamento existente deve ser estruturado para estes grandes temas, sendo essencial que, para o efeito, “tanto o Governo Português como os Governos Regionais atendam às metas e a esta ambição, aquando da elaboração dos planos de parceria para o actual Quadro Financeiro Plurianual”.

Refira-se que a Comissão Europeia lançou a Estratégia do Atlântico, em 2011, para promover a colaboração entres os países e regiões correspondentes. Em 2013, apresentou um plano de ação para concretizar as metas da estratégia. Em 2017, reviu o plano de ação e no ano passado apresentou uma estratégia renovada, tendo em conta uma análise de impacto com o objetivo de reforçar a colaboração e criar valor, através da concretização de projetos e ações na bacia do Atlântico.