Madeira

Região suspendeu AstraZeneca pelo “efeito dominó” provocado pela posição dos países

Pedro Ramos espera que a decisão seja revertida rapidamente “para que não se perca tempo em continuar a vacinação”

None

O Secretário Regional da Saúde sossega os 4 mil cidadãos que na Madeira já levaram a primeira dose da vacina da AstraZeneca: “Não há razão nenhuma para quem fez a vacina da AstraZeneca ter receio”, garante.

Lembra que a vacina ontem suspensa, foi aprovada pela Agência Europeia do Medicamento, mas mais do que isso, sublinha que “qualquer vacina tem as suas reacções adversas”, além de reafirmar que “a vacina é a melhor arma que temos neste momento para prevenir o Covid, não é para tratar”, esclareceu.

“Não há relação causa efeito até agora com evidência científica para esta situação”, argumenta, para logo apontar que “na população normal esse número (tromboses) é muito superior para quem não fez a vacina”.

Pedro Ramos culpa os decisores políticos pela situação desencadeada, ao concluir que foram “as posições de países que desencadearam, com algum efeito dominó, toda esta situação”.

A Região não foi excepção porque “não queremos que haja medo e que esse medo se transforme em pânico por parte da população”.

Por entender que o plano de vacinação tem de transmitir segurança às pessoas, pede “serenidade” mas também espera que a decisão da desejada retoma da vacinação da AstraZeneca “seja o mais rápido possível”, apontando todas as expectativas para a reunião desta quinta-feira com a Agência Europeia do Medicamento, que considera decisiva para “esclarecer” as dúvidas suscitadas com a vacina em causa.

“Aquilo que eu quero é que esta pausa de 15 dias se transforme numa pausa de menor espaço temporal para que não se perca tempo em continuar a vacinação”, disse.

Admitiu de resto que tem havido algumas recusas de cidadãos que foram convocados para serem vacinados com a vacina da AstraZeneca, “mas isso aconteceu também com a Pfizer”, apressou-se a apontar.