Saiba o que hoje é notícia
O comité de especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a segurança de vacinas reúne-se hoje para discutir a vacina contra a covid-19 da AstraZeneca.
A reunião realiza-se depois de mais de uma dezena de países, incluindo Portugal, ter suspendido a administração da vacina da AstroZeneca, por precaução, após relatos de aparecimento de coágulos sanguíneos e da morte de pessoas inoculadas com esta vacina.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse na segunda-feira que o comité "está a rever os dados disponíveis" sobre a vacina da AstraZeneca.
Tedros Adhanom Ghebreyesu referiu que, apesar de não haver uma ligação entre a vacina e os casos reportados, "constitui boa prática investigá-los".
Acrescentou que o comité de peritos da OMS para a segurança das vacinas "está em contacto estreito" com Agência Europeia do Medicamento, que se reúne na quinta-feira.
A OMS tem defendido que "não há razão para não usar esta vacina".
O grupo farmacêutico anglo-sueco assegurou não haver "qualquer prova da existência de um risco aumentado" de se verificarem coágulos sanguíneos causados pela sua vacina.
Também hoje, os ministros da Saúde da União Europeia vão debater, por videoconferência, o "caminho a seguir" no combate à pandemia de covid-19, perante a "preocupante propagação do vírus nos países da UE", segundo a agenda do encontro.
Na reunião, os ministros vão trocar "opiniões sobre a abordagem na resposta à covid-19, centrando-se na utilização de medidas de saúde pública tais como o uso universal de máscaras faciais e os requisitos sobre testes para mobilidade dentro da UE".
A reunião é presidida pela ministra portuguesa da Saúde, Marta Temido, em representação da presidência portuguesa da UE.
Participa também a diretora do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC, na sigla inglesa), Andrea Ammon, que fará um balanço sobre a situação epidemiológica atual na EU.
A diretora da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), Emer Cooke, fará o ponto da situação da autorização e desenvolvimento das vacinas contra a covid-19.
Este encontro virtual decorre numa altura em que vários países suspenderam o uso da vacina da AstraZeneca devido a potenciais efeitos secundários adversos e em que a farmacêutica tem estado na "mira" da Comissão Europeia por demoras na entrega de vacinas à UE.
A campanha de testagem nas escolas começa hoje nas creches, pré-escolar e 1.º ciclo e, até sexta-feira, todos os docentes e não docentes desses níveis de ensino já deverão ter realizado o teste de diagnóstico da covid-19.
O "Programa de Rastreios laboratoriais para a SARS-CoV-2 nas creches e estabelecimentos de educação e ensino", divulgado na semana passada, prevê que o reinício das atividades escolares presenciais implica a realização de um teste rápido de antigénio a docentes e não docentes de todos os níveis de ensino.
Nos primeiros a desconfinar -- creches, pré-escolar e 1.º ciclo -- o programa arranca hoje, um dia depois da reabertura, e a testagem dos mais de 50 mil trabalhadores das escolas públicas e estabelecimentos privados deverá estar concluída até sexta-feira.
O primeiro-ministro, António Costa, e ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, estão presentes hoje no lançamento do concurso público internacional de conceção da nova ponte sobre o rio Douro, entre o Porto e Vila Nova de Gaia.
O concurso público internacional representa a abertura de um concurso de ideias para o projeto da nova ponte, cujo júri é composto por 11 elementos, que serão revelados nesta ocasião.
No evento vão ser também consignadas as empreitadas das linhas Rosa e Amarela do Metro do Porto.
O investimento previsto para estas obras é superior a 457 milhões de euros.
Hoje, também é notícia:
Cultura
O projeto LISBOAGORA, que nasceu como resposta à paralisação das artes por causa da covid-19, revela-se a partir de hoje, na Internet, mostrando parte do tecido cultural da cidade.
O LISBOAGORA, com direção de António Jorge Gonçalves, Alexandre Almeida Coelho e Nuno Pratas, foi um dos projetos de criação artística que receberam apoio financeiro - 48.600 euros - do Fundo de Emergência Social da Câmara Municipal de Lisboa.
O projeto envolveu mais de 50 pessoas, entre artistas, técnicos e outros profissionais, na criação e interpretação de novos conteúdos artísticos, tendo como palco edifícios e locais da capital, com a ideia de serem exibidos e ficarem acessíveis 'online'.
As 14 atuações produzidas, com uma duração individual de cerca de 20 minutos, serão mostradas na íntegra numa sessão contínua hoje entre as 19:00 e as 23:00.
Desporto
O selecionador Fernando Santos anuncia os convocados para os primeiros jogos de Portugal em 2021, diante de Azerbaijão, Sérvia e Luxemburgo, no arranque da qualificação para o Mundial2022, numa lista em que deve estar o estreante Nuno Mendes.
A revelação de presença do lateral do Sporting, de 18 anos, foi feita na véspera pelo selecionador português de sub-21, Rui Jorge, após a divulgação dos 23 eleitos que vão disputar a fase final do Europeu do escalão, na Hungria e Eslovénia.
Em sentido inverso, é certa a ausência de Francisco Trincão, do FC Barcelona, que "desce" ao sub-21, depois de já ter contabilizado seis internacionalizações pela seleção principal, entre setembro e novembro de 2020.
A seleção nacional vai estrear-se no Grupo A de apuramento para o Mundial2022 em 24 de março, em Turim, frente ao Azerbaijão, seguindo-se deslocações à Sérvia, em 27 de março, e a visita ao Luxemburgo, três dias depois.
A partir das 12:30, na Cidade do Futebol, em Oeiras, Fernando Santos vai revelar os nomes dos atletas chamados para este triplo confronto.
Economia
A manutenção da suspensão das regras de disciplina orçamental também no próximo ano é um dos temas em agenda numa videoconferência de ministros das Finanças da UE, presidida desde Lisboa por João Leão.
A videoconferência do Conselho Ecofin tem entre os pontos em agenda uma apresentação, pela Comissão Europeia, da comunicação adotada em 03 de março, sobre a resposta de política orçamental à crise da covid-19.
Nessa comunicação, o executivo comunitário abre já a porta à manutenção da chamada "cláusula de escape" do Pacto de Estabilidade e Crescimento também no próximo ano, ainda que reserve uma decisão definitiva para maio.
Os lesados das sucursais externas do Banco Espírito Santo (BES) entregam hoje milhares de cartas na Casa Civil da Presidência da República, na residência oficial do primeiro-ministro e na Assembleia da República reclamando a constituição de um fundo de recuperação de créditos.
Em comunicado, a Associação de Lesados Emigrantes da Venezuela e África do Sul (ALEV) e a Associação de Defesa dos Clientes Bancários (ABESD - lesados das sucursais da Europa) informaram que serão entregues 1.600 cartas na Casa Civil da Presidência da República e outras tantas na residência oficial do primeiro-ministro. A seguir serão entregues mais 231 cartas na Assembleia da República.
Os lesados reclamam "a constituição de um fundo de reclamação de créditos, nos termos da Lei n.º 69/2017 de 11 de agosto, tal como aconteceu para os lesados do papel comercial" do BES.
O presidente executivo da EDP¸ Miguel Stilwell d'Andrade, é ouvido no parlamento a propósito do negócio da venda de seis barragens da EDP ao consórcio Engie, na sequência de um requerimento apresentado pelo PSD.
No requerimento, o PSD salienta que a transação "levanta questões em três planos distintos", nomeadamente a "transmissão das concessões à luz do interesse estratégico nacional", as "obrigações fiscais e dúvidas sobre (in)cumprimento" e ainda o "desenvolvimento regional e respeito por compromissos assumidos".
No mesmo dia em que este requerimento foi votado e aprovado, os deputados deram aval também aos requerimentos do Bloco de Esquerda para audição do ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, e do ministro de Estado e das Finanças, João Leão.
O BE acusa o Governo de ter permitido "um esquema da EDP para fugir aos impostos" no negócio da venda das barragens ao consórcio liderado pela Engie, concretamente ao imposto de selo no valor de 100 milhões de euros.
Internacional
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, divulga a sua estratégia para a nova política externa britânica pós-'Brexit', incluindo as orientações para a segurança, defesa e desenvolvimento internacional, antecipando um reforço dos laços com a região do Indo-Pacífico.
O documento de 100 páginas, elaborado ao longo do ano passado, é o mais abrangente deste género em décadas e aborda em conjunto prioridades para a segurança nacional, política externa e economia internacional juntos, estabelecendo objetivos para que pretende alcançar até 2030.
A publicação é esperada para as 11:30 locais (mesma hora em Lisboa), seguida por uma intervenção do primeiro-ministro no Parlamento.
Lusofonia, África e comunidades
O Presidente da República moçambicano, Filipe Nyusi, dá posse ao almirante Joaquim Rivas Mangrasse como chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas de Defesa de Moçambique.
Joaquim Rivas Mangrasse sucede no cargo a Eugénio Mussa, que morreu vítima de doença em fevereiro, três semanas após a sua nomeação para a função.
Até à data da sua nomeação, Joaquim Rivas Mangrasse era chefe da Casa Militar da Presidência da República desde 2015.
Em simultâneo tomam posse o chefe da Casa Militar, inspetor das Forças Armadas de Defesa de Moçambique e os comandantes do Exército, Força Aérea, Academia Militar e Serviço Cívico.
Os governos de Cabo Verde e da Guiné-Bissau assinam hoje, na Praia, acordos nas áreas da comunicação social, energias renováveis, investigação agrária e consular e comunidades, no âmbito da visita da chefe da diplomacia guineense.
Os acordos são assinados no âmbito da visita a Cabo Verde da ministra dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação Internacional e das Comunidades da Guiné-Bissau, Suzi Barbosa.
A visita de Suzi Barbosa decorre até quarta-feira, a convite do chefe da diplomacia cabo-verdiana, Rui Figueiredo Soares.
País
O Chega apresenta hoje Nuno Graciano como candidato à Câmara Municipal de Lisboa, numa cerimónia que terá lugar "simbolicamente, no Padrão dos Descobrimentos, em Belém".
Num comunicado, os dirigentes da força política nacionalista defendem que o seu candidato é conhecido "dos portugueses como um lutador e um homem de convicções, sem qualquer vestígio de politicamente correto, representando, desta forma, aquele que é o espírito do partido".
Nuno Graciano tem 52 anos e, após uma carreira de mais de 20 anos nos ecrãs portugueses, enveredou, há cerca de cinco anos, pela vida de empresário, com uma marca de queijo regional.