Madeira

Paulo Neves acusa a República de esquecer a mobilidade dos madeirenses

Há cinco dossiers que o deputado diz terem sido esquecidos

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A compra dos radares para o estudo dos ventos no Aeroporto da Madeira e o projecto para a ampliação do Porto do Funchal integram a lista.

O deputado eleito pelo PSD/M à Assembleia da República denunciou, hoje, a incapacidade de o Governo da República em cumprir com as suas responsabilidades no que toca ao princípio da continuidade territorial. Paulo Neves lembrou cinco assuntos “que, por incompetência, distração ou irresponsabilidade, tardam a ter solução, prejudicando a Madeira e todos os Madeirenses”, apontou.

A compra dos radares para o estudo dos ventos no Aeroporto da Madeira, o projecto para a ampliação do Porto do Funchal, o Ferry, as ligações aéreas entre a Madeira e o Porto Santo e, finalmente, a implementação do novo modelo de subsídio social de mobilidade são os assuntos que se encontram parados por culpa do Governo da República, conforme denunciou, nesta segunda-feira, Paulo Neves, lamentando a falta de resposta do Estado nestas matérias e o prejuízo que essa falta de compromisso tem causado à Região e a todos os Madeirenses e Porto-Santenses.

Afirmando que estes temas são “da maior importância para a Madeira, mas, também, da máxima importância para o País”, o deputado eleito pelo PSD/M à Assembleia da República lamenta esta postura, tanto mais numa conjuntura difícil como aquela que a Região enfrenta em função da pandemia e na qual a resolução destas questões seria fulcral, tanto do ponto de vista da maior segurança, competitividade e atratividade das estruturas portuárias e aeroportuárias regionais quanto da mobilidade inter-ilhas e ao continente português, sem esquecer as inúmeras vantagens que a implementação do novo modelo de subsídio de mobilidade traduziria do ponto de vista do valor a pagar pelas famílias Madeirenses, nas suas deslocações ao território nacional.

Referindo-se à compra dos radares para o estudo dos ventos no Aeroporto da Madeira, Paulo Neves frisou que “esta compra só pode ser feita pela NAV e que só o Governo da República é que tem força e capacidade para obrigar a que a mesma seja feita”, algo que não faz. Assim como não se entende, prossegue, “que o projeto ambicioso que a Madeira tem em mãos para a ampliação, construção e melhoramento dos Portos da Madeira, que são, antes de mais, Portos Atlânticos de Portugal, não estejam inseridos em planos nacionais destinados às estruturais portuárias ou mesmo que a promessa do Ferry todo o ano – que foi uma promessa do PS e do Primeiro-Ministro António Costa – não tenha sido cumprida em 2019, em 2020 e muito menos em 2021, continuando a ser totalmente ignorada pelos que assumiram este compromisso com os Madeirenses”.

Paulo Neves critica, também, a inércia do Governo da República relativamente ao lançamento do concurso para as ligações aéreas entre o Porto Santo e a Madeira, que “já devia estar a ser tratado para evitar o que sucede todos os anos, em que se tratam das coisas tarde e a más horas para prejuízo da população e da economia local”, assim como a incompetência latente na implementação do subsídio social de mobilidade, para estudantes e residentes, “que já está aprovado desde 2019 e que o Governo da República meteu na gaveta, quando sabe que apenas falta uma regulamentação ao mesmo”.

“Estes são apenas 5 dos muitos exemplos de dossiers que continuam à espera do Estado Português, dossiers que só estão parados ou não avançam porque o Governo da República os meteu na gaveta, está distraído ou demitiu-se mesmo das suas responsabilidades”, vincou.