Bitcoin passou barreira dos 60.000 dólares impulsionada pelo plano de estímulo dos EUA
A criptomoeda Bitcoin cruzou ontem pela primeira vez na sua história a marca de 60.000 dólares norte-americanos (cerca de 50.195 euros), impulsionada, segundo os analistas, pelo plano de estímulo da economia dos EUA.
De acordo com o 'site' especializado CoinMarketCap, a criptomoeda subiu para 60.197 dólares americanos (50.360,40 euros) às 12:34 GMT (mesma hora em Lisboa) e continuava a oscilar à volta deste limite simbólico no início da tarde de hoje.
Nos últimos tempos, a Bitcoin tem constantemente batido recordes e triplicou de valor nos últimos três meses, já que valia apenas cerca de 20.000 dólares em meados de dezembro.
Nos últimos dias, o valor da Bitcoin subiu "porque os investidores esperam a chegada iminente de cheques" aos consumidores norte-americanos, segundo o planeado no pacote de estímulo à economia dos Estados Unidos, explicou, na sexta-feira, numa nota, o analista Neil Wilson, da Markets.com.
Os norte-americanos devem receber este fim de semana os primeiros cheques e transferências, no valor de 1.400 dólares por pessoa, previstos no plano de 1,9 biliões de dólares (cerca de 1,6 biliões de euros) do Presidente Joe Biden, aprovado pelo Congresso na quarta-feira e promulgado na quinta-feira.
"Os cheques do estímulo norte-americano permitirão que pequenos investidores coloquem parte dos seus fundos em Bitcoin", considerou Naeem Aslam, analista da AvaTrade, que disse esperar que a progressão da criptomoeda continue, "dado que comprar Bitcoins ficou agora muito mais fácil".
No entanto, o crescimento exponencial da criptomoeda preocupa alguns observadores do mercado, que não descartam uma correção brusca ou mesmo a explosão de uma bolha.
Alguns desconfiam da volatilidade do mercado de Bitcoin, outros acreditam que a situação é muito diferente da de 2017, quando os valores subiram ainda com mais vigor, antes de caírem, no início de 2018.
À semelhança do que está a acontecer com fundos de investimento e algumas empresas, como a Tesla (que investiu 1,5 mil milhões de dólares em criptomoeda), muitos particulares estão a investir em frações de Bitcoins, aproveitando as muitas plataformas que surgiram nos últimos anos.