Madeira

PPM critica preço pago pela cana sacarina

Paulo Brito diz que os 28 cêntimos/kg "nem sequer dá para pagar a água de rega".

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O PPM Madeira esteve hoje reunido com alguns produtores de cana-de-açúcar que manifestaram o seu descontentamento em relação ao valor pago pela cana, que actualmente é de 28 cêntimos/kg, deu conta o partido através de um comunicado enviado à comunicação social. 

Dirigindo-se ao secretário da Agricultura, Paulo Brito diz que "este valor nem sequer dá para pagar a água de rega". 

O PPM fez saber que se deslocou a algumas superfícies comerciais e verificou que "o valor para os clientes em geral é de 12 euros por quilo e mesmo o RUM da Madeira nas prateleiras dos supermercados tem um preço de venda exorbitante tendo e conta o valor pago ao produtor".

"A nossa cana-de-açúcar que ainda é plantada de forma tradicional é que foi daqui da Madeira que saiu para as ex- colónias (África e Brasil), que até têm actualmente uma produção em massa, mas que não se compara em nada à qualidade da nossa cana, que daí se fazem dos melhores RUNS do mundo, mas que com estes valores se correm o sério risco desta produção desaparecer, que conforme se tem visto, cada vez menos os agricultores se dedicam a esta plantação", referem na nota divulgada esta tarde. 

Face ao alegado descontentamento dos agricultores "o PPM Madeira apela à Secretaria da Agricultura para que o valor pago aos produtores da cana-de-açúcar seja no mínimo duplicado para 60 cêntimos Kg, recompensa do assim os produtores pelo fornecimento de um produto de excelência e que tão bem representa um símbolo icónico da Região Autónoma da Madeira".