Pinto da Costa enaltece "heroicidade" do FC Porto na 'Champions'
Pinto da Costa salientou hoje "a heroicidade" do FC Porto, apurado para os 'quartos' da Liga dos Campeões de futebol após eliminar a Juventus, no editorial da Revista Dragões, fazendo também referência ao falecimento de Alfredo Quintana.
O presidente 'portista' enalteceu o espírito guerreiro do clube e associou os dois acontecimentos, "um muito triste e outro muito feliz" para mostrar as características do FC Porto.
"A heroicidade sempre foi uma marca distintiva da história do FC Porto. Foi com heróis que derrotámos o Arsenal em 1948, que vencemos o campeonato Calabote em 1959, que voltámos a ser campeões 19 anos depois em 1978, que conquistámos sete troféus internacionais e muitos outros títulos de competições em que estávamos longe de ser apontados como favoritos. Nos últimos dias, por um motivo muito triste e por outro muito feliz, voltámos a ser confrontados com esta característica do clube de que tanto nos orgulhamos", começou por escrever o líder 'azul e branco'.
Pinto da Costa recordou Alfredo Quintana e elogiou "um homem e atleta extraordinário", que morreu "na flor da vida aos 32 anos de idade" e deixou a garantia de que o malogrado guarda-redes de andebol dos 'dragões' servirá como inspiração.
"O Quintana foi um verdadeiro herói do FC Porto. Vindo de Cuba em 2011, não demorou a adotar a cidade do Porto e o clube que o recebeu e que nunca quis deixar, apesar das propostas muito vantajosas que recebeu, como pátrias do coração. A atitude dedicada e competente com que serviu o FC Porto até ao último dia da sua curta vida é um dos seus mais importantes legados desportivos e terá de servir como inspiração para todos os que por cá continuarão a construir uma história que é eterna", continuou.
Logo de seguida, o dirigente abordou, pela primeira vez, a passagem do FC Porto aos quartos de final da Liga dos Campeões, depois de eliminar a Juventus.
"A 9 de março, em Turim, outros heróis construíram mais uma página notável no nosso percurso europeu. A eliminação da Juventus, uma equipa nove vezes campeã de Itália nos últimos nove anos e candidata assumida à vitória na Liga dos Campeões, só foi possível porque a nossa equipa técnica e os nossos jogadores souberam transportar para o relvado o verdadeiro ADN do FC Porto", acrescentou Pinto da Costa.
O presidente salientou as condições "adversas" em que o feito foi conseguido.
"Nas circunstâncias mais adversas, mesmo a jogar em inferioridade numérica durante quase 80 minutos, as capacidades de luta, de superação e de transformar fraquezas aparentes em forças reais voltaram a dar frutos, como foi reconhecido um pouco por toda a Europa", escreveu ainda.
O FC Porto qualificou-se na terça-feira para os quartos de final da Liga dos Campeões de futebol, apesar de ter perdido com a Juventus, por 3-2, após prolongamento, na segunda mão dos oitavos de final.
Sérgio Oliveira, aos 19 (grande penalidade) e 115 minutos, marcou para o FC Porto, que jogou desde os 54 em inferioridade numérica, por expulsão de Taremi, com Chiesa (49 e 63) e Rabiot (117) a fazerem os golos da Juventus.
Por ter marcado mais um golo fora, o FC Porto, que tinha vencido no Dragão por 2-1, voltou a apurar-se para os quartos de final, duas temporadas depois da última presença
"Estes dois acontecimentos, um tão trágico e outro tão brilhante, voltaram a confrontar-nos com o essencial da nossa existência. Tão depressa estamos cá como não estamos, tão depressa podemos estar em baixo como em cima. Quase tudo é breve e provisório. Infinito, só o FC Porto", concluiu.