Pandemia agravou condições de vida das mulheres trabalhadoras
As mulheres trabalhadoras estão mais expostas aos riscos de contraírem doenças profissionais, nomeadamente, lesões músculo-esqueléticas e, por isso, precisam de leis que as protejam, defendeu hoje o CESP- Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal e outros sindicatos afectos à CGTP e USAM.
Os estudos demonstram que a pandemia veio agravar as condições de vida das mulheres trabalhadoras, não só pelo recurso das empresas ao Lay-off, e consequentes cortes nos salários, mas também pela forma como é atribuído o pagamento do subsídio dos dias de confinamento pela Segurança Social (muito posterior à data do recebimento dos salários).
Foi também a pretexto da pandemia que várias empresas do sector da limpeza e do comércio despediram na sua maioria trabalhadoras, havendo outras empresas que aproveitaram para alterar o contrato individual de trabalho através de intimidação.
Com base nesta realidade, o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio Escritório e Serviços de Portugal diz que a Luta pela efectivação da Igualdade, pela defesa da saúde e pela Dignificação do Trabalho não pode parar, pois é “uma luta de todos, Homens e Mulheres” que deve ser travada todos os dias.
A prevenção dos riscos de doenças profissionais é fundamental em todos os locais de trabalho e a maioria das empresas e dos empresários não têm este assunto como uma questão de extrema prioridade.
O tema foi debatido hoje durante uma iniciativa inserida no programa da Semana da Igualdade, que abordou o tema 'Condições de vida e de trabalho - combate às doenças profissionais'.
O trabalho precário, mal pago e a falta ou escassas, condições de Saúde e Segurança nos locais de trabalho só contribuem para o emprego inseguro, quer no aspeto da segurança no emprego, quer na proteção da saúde, dai resultando consequências nefastas nas condições da vida pessoal, familiar e social dos trabalhadores e trabalhadoras.
E, é neste contexto que grande parte dos trabalhadores e sobretudo as mulheres trabalhadoras estão inseridas, na maioria dos sectores, alertou o CESP.