Boletim da DGS “afecta a imagem da Madeira”
Presidente do Governo classifica de “surrealismo” os números diários que a DGS atribui à Madeira
O presidente do Governo Regional entende que a discrepância de números nos boletins diários da Covid entre a DGS e a DRS prejudica a imagem da Madeira.
Confrontado com a disparidade que persiste um ano depois dos primeiros casos de Covid-19 no país e na região, Miguel Albuquerque começou por admitir que “isso não tem solução”. Alegou mesmo que este problema de números faz lembrar “o movimento Surrealista. É o surrealismo”, concluiu, para justificar a razão dos números que são dados pela DGS não corresponderem a aqueles que são apurados na Madeira. Um desencontro que diz também acontecer com os Açores.
Lembrou que o secretário regional da Saúde já sugeriu à Ministra da Saúde que esses números “deixassem de ser dados pela DGS” por entender que essa informação diária “não tem nenhum sentido e tira credibilidade aos organismos de saúde”.
Além disso, diz não perceber a razão de tanta divergência nos números diários emitidos entre a entidade nacional e a regional.
“Não percebo, nem consigo perceber – se calhar sou pouco inteligente – mas não consigo perceber como é que eles chegam a aqueles números”. Mas uma coisa consegue perceber. “Afecta a imagem da Madeira porque parece que isto está tudo ‘de pernas para o ar’ e não está”, garante. Mas não apenas, ao considerar que “afecta também a imagem da DGS”.
À margem da visita ao Centro Cultural John dos Passos, onde decorre, de 1 de Fevereiro a 30 de Junho de 2021, o projecto-piloto ‘Nómadas Digitais’, para Albuquerque está em causa “um problema de matemática ou um problema de falta de compreensão da minha parte”, por entender que não é só o próprio que não percebe a razão de recorrente diferença de números diários, como também “ninguém consegue perceber. Portanto, o melhor é não porem os números”, recomendou à DGS.