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Abertura de novas empresas cai 35% nos primeiros 2 meses do ano

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A abertura de novas empresas caiu 35,2% nos primeiros dois meses do ano, em termos homólogos, totalizando 6.220, uma diminuição "fortemente condicionada pelas medidas restritivas para combater a pandemia", revelou hoje a Informa D&B.

De acordo com um barómetro da empresa de informações sobre o tecido empresarial, "nos primeiros dois meses de 2021, nasceram 6.220 empresas, uma descida de 35,2% face ao mesmo período de 2020, mantendo-se a tendência de descida verificada em 2020".

"Esta queda no empreendedorismo foi fortemente condicionada pelas medidas restritivas para combater a pandemia e é transversal a todos os setores", acrescentou a Informa D&B, apontando que, ainda, assim, a queda verificada em fevereiro é menor do que a da segunda quinzena de janeiro, quando começou o novo confinamento.

Os dados mostram que o recuo em janeiro e fevereiro se concentrou em cinco dos setores mais relevantes no tecido empresarial português: serviços, transportes, alojamento e restauração, construção e serviços empresariais.

Os serviços gerais registaram uma diminuição de 45% (menos 661 novas empresas), com uma descida acentuada na constituição de empresas nos subsetores da saúde, desporto e bem-estar, bem como nos serviços de educação e cultura.

Nos transportes houve menos 71% de novas empresas (menos 602), resultado da descida acentuada nas empresas de transporte ocasional de passageiros em veículos ligeiros.

No alojamento e restauração o decréscimo foi de 56% (menos 540 novas empresas), sobretudo devido ao recuo na abertura de restaurantes, cafés e alojamento mobilado para turistas.

Já o setor da construção registrou menos 28% de novas empresas (menos 304), devido essencialmente à descida das empresas de construção de edifícios residenciais e não residenciais, enquanto os serviços empresariais recuaram 28% (menos 428 novas empresas).

No entanto, as restrições no âmbito da pandemia foram também uma oportunidade para novos negócios em certos setores, como é o caso do comércio a retalho 'online', que, este ano, já viu nascer perto de 100 novas empresas, o que corresponde a um aumento de 50% face a 2020.

Cresceram, ainda, as novas empresas de atividades auxiliares de transportes terrestres (67%) e atividades postais ou correios (84%).