Sabiam que JESUS também se indignou e revoltou?
Estava próxima a Páscoa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém. Encontrou no templo os vendedores de bois, ovelhas e pombas, e os cambistas nos seus postos. Então, fazendo um chicote de cordas, expulsou-os a todos do templo com as ovelhas e os bois; espalhou as moedas dos cambistas pelo chão e derrubou-lhes as mesas; e aos que vendiam pombas, disse-lhes: «Tirai isso daqui. Não façais da Casa de meu Pai uma feira.» (João 2, 13/25) Porque prezo a liberdade conquistada mas tenho pena de que o povo na sua maioria não ter sido “educado” para que em liberdade pudesse exercer e ativamente participar na evolução da democracia. Depois de sair duma 1ª Guerra mundial e entrar numa segunda, o mundo ficou entregue a cada um dos países e o nosso Portugal não fugiu à regra. Resultando da miséria que se encontrava um governo totalitário, apelidado de fascista no pós 25 de Abril. Muita obra foi feita à custa dos sacrifícios e esforços e da vida de muitos portugueses anónimos. O país foi dotado de uma rede escolar, de Hospitais, industrias, estradas, pontes e barragens. Cometeram-se muitos erros é verdade, perseguiram-se muitos cidadãos (alguns inocentes) que queriam a liberdade como modelo de vida. As obras efetuadas sem financiamento estrangeiro e cumprindo rigorosos orçamentos e à data da sua construção finalizadas. Pelo facto de hoje em dia pode dizer que: os políticos do pós 25 de Abril foram na sua maioria corruptos, mas garças à liberdade, coisa que no tempo do governo de partido único e governo totalitário designado por ditadura, não poderia estar aqui agora a emitir a minha opinião. Mas é preciso analisar as situações no contesto em que elas aconteceram. Será que os milhões que a classe política corrupta esbanjou ao longo de mais de 4 décadas, serviram na sua totalidade para beneficiar a maioria da população? No momento em que a presidencia da UE é exercida por Porutgal, o governo actual gastou milhões de euros em carros, roupas e bebidas, supostamente para utilização nos eventos de apoio relativos a essa presidência. Estaremos em condiçoes económicas e financeiras de esbanjar tanto diheiro que é do povo. Será que é mentira todos os actos de corrupção, de roubo, de falcatruas notificados pela imprensa e muitos encaminhados para tribunais que ainda aguardam investigação e apreciação, que sucederam no pós 25 de Abril, e que continuam sucessivamente, são mentira ou calunias, e o único benefício é podermos discuti-los em praça pública para demonstrar que a «liberdade» existe? Se assim é, todos os benefícios usufruídos pela democracia tiveram um preço muito elevado e o povo continua ávido desses benefícios, a pagar esses crimes, mas que mais de (2 dois milhões) de portugueses continuam a viver no limiar da pobreza, coisa que a democracia ainda não corrigiu, que mais de 50% da população tem demonstrado a sua, indiferença, indignação e revolta nos actos eleitorais, pois não acredita neste modelo de democracia, pura e simplesmente recusa-se a votar por considerar a classe política toda ela ou na sua maioria os culpados deste descalabro político-financeiro a que conduziram o nossos país. Que actualmente vivemos uma situação de «guerra» sem armas visíveis que arruinou a nossa já frágil economia. Mas a verdade não é bem assim; os culpados são esses portugueses que por falta de cultura democrática, permitiram que gente sem escrúpulos e à conta dessa «liberdade» conquistada, sequestraram a democracia, legalizaram o roubo e institucionalizaram a corrupção, com a «conivência» da (justiça) e o patrocínio de meios de comunicação. Será que ainda vamos a tempo de ter a coragem suficiente para sermos capazes de resgatar a autêntica democracia, restituir os valores à sociedade, e reerguer o país? Com a nossa tolerância e indiferença, não queiramos continuar a ser cúmplices da nossa própria miséria. Para que possamos acreditar, terá de acontecer uma total revolução na mentalidade do povo, aprendendo a exercer a democracia, e uma regeneração no que a políticos diz respeito, pois só assim poderemos conseguir um país digno.
A.J. Ferreira