Madeira

Ordem dos Enfermeiros preocupada com falta de profissionais nos lares da Região

Secção Regional fala "na anunciada saída de um importante grupo de 12 enfermeiros, que terminam em breve o seu período de cedência, sem que se tivesse assegurado a sua substituição ou manutenção"

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O Conselho Directivo da Secção Regional da Região Autónoma da Madeira da Ordem dos Enfermeiros (OE) enviou ontem um ofício às Secretarias Regionais da Saúde e Protecção Civil e da Inclusão Social e Cidadania a dar conta da preocupação com que acompanha "a difícil situação por que passam os Lares Públicos da RAM" ao nível das dotações daqueles profissionais.

Na informação divulgada ontem no portal oficial da OE, o Conselho Directivo da Região refere ter tido conhecimento da "saída de um importante grupo de 12 enfermeiros, que terminam em breve o seu período de cedência, sem que se tivesse assegurado a sua substituição ou manutenção dos cuidados aos idosos, em plena pandemia."

"Disso mesmo demos hoje [ontem] a conhecer, através de ofício à tutela, na Secretaria Regional da Inclusão Social e Cidadania, e Secretaria Regional da Saúde e Proteção Civil, não sendo compreensível, particularmente neste que é o mais difícil momento de combate à pandemia, com surtos a decorrer nos Lares e dezenas de utentes infetados ou em isolamento, e todo o Sistema de Saúde sob intensa pressão, que não se tenham assegurado as condições de trabalho adequadas e de atração / retenção dos enfermeiros que laboravam nessas Estruturas Residenciais", afirma o Conselho Directivo Regional da OE.

Afirmando que a Secção Regional da OE tem vindo a alertar a tutela para as dificuldades sentidas nos lares da Região ("equipas exíguas, rácios de enfermeiro / idoso baixos, utentes com elevados níveis de dependência e necessidades em saúde, exigência de grande esforço pessoal com turnos contínuos de longas horas, associadas aos aspectos laborais de falta de pagamento dos turnos extraordinários e suplementos de horas") acrescenta que a promessa de reforço da equipa de enfermagem nunca se concretizou.

"Urge por isso que se resolva esta situação, tão emergente nestes tempos de pandemia, para a contratação e estabilização da equipa de enfermeiros nestas Instituições, acautelando desta forma a justa proteção destes idosos e a segurança e qualidade dos cuidados prestados, sob pena de termos maiores impactos na vida e saúde destas pessoas, já de si muito vulneráveis", acrescenta ainda a informação.

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