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Saiba aqui que notícias marcam a agenda de hoje

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O Presidente da República, o primeiro-ministro e os partidos reúnem-se hoje novamente com epidemiologistas, mas desta vez por videoconferência, num momento em que o país se encontra em confinamento geral por causa da covid-19.

No Infarmed, em Lisboa, a partir das 10:00, estarão presentes a maioria dos epidemiologistas e a ministra da Saúde, Marta Temido, e os restantes participantes vão acompanhar a reunião por videoconferência.

Pela Direção-Geral da Saúde, André Peralta Santos abre a reunião com uma intervenção sobre a situação epidemiológica do país, seguindo-se uma comunicação de Baltazar Nunes, do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge, sobre a evolução da incidência e transmissibilidade da covid-19.

Depois, também pelo Instituto Nacional de Saúde Ricardo, Jorge João Paulo Gomes fala sobre as variantes genéticas do novo coronavírus em Portugal, e Manuel Carmo Gomes, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, sobre a evolução epidemiológica e critérios de atuação.

Antes do debate, com início previsto para as 12:00, Henrique de Barros (Universidade do Porto) fará uma comunicação em matéria de vacinação e seus efeitos nos internamentos e na mortalidade, Carla Nunes (Universidade Nova de Lisboa) abordará a questão das "perceções sociais" sobre a covid-19 e, finalmente, o novo coordenador da `task force´ para o plano de vacinação em Portugal, Henrique Gouveia e Melo, fará um ponto de situação sobre a forma como está a evoluir este processo no país.

Esta reunião, a 15.ª, vai ser transmitida parcialmente pelas redes sociais do Governo.

A anterior reunião realizou-se em 12 de janeiro e teve como uma das novidades o facto de terem sido convidados para participar por videoconferência todos os candidatos presidenciais às eleições do dia 24 desse mês.

No final dessa reunião, o primeiro-ministro afirmou aos jornalistas que havia um grande consenso para que as medidas de confinamento geral então a decretar tivessem um horizonte de pelo menos um mês, já que Portugal registava nessa altura uma dinâmica de "fortíssimo crescimento" de casos de covid-19.

Três dias depois, no dia 15, Portugal continental entrou num novo confinamento geral, com os portugueses sujeitos ao dever de recolhimento domiciliário.

Inicialmente, o Governo manteve as escolas com o ensino presencial, mas corrigiu essa decisão na semana seguinte e suspendeu as aulas de todos os graus de ensino face ao continuado agravamento da situação epidemiológica do país.

Em Portugal, desde 15 de janeiro, vigora o dever geral de recolhimento domiciliário, em que apenas se prevê deslocações autorizadas num quadro muito limitado, designadamente para comprar bens e serviços essenciais ou desempenho de atividades profissionais.

O Governo determinou a obrigatoriedade do teletrabalho, sempre que as funções em causa o permitam, sem necessidade de acordo das partes, prevendo que o seu incumprimento seja considerado uma contraordenação muito grave.

No que se refere ao comércio e serviços, estão abertos estabelecimentos como mercearias e supermercados, com lotação limitada a cinco pessoas por 100 metros quadrados, sendo também permitida a realização de feiras e mercados nos casos de venda de produtos alimentares.

Ao fim de três semanas de vigência de normas apertadas de confinamento, o país tem registado nos últimos dias sucessivas reduções do número de infetados com o novo coronavírus, embora os hospitais permaneçam sob grande pressão e continuem a aumentar ligeiramente o número de internamentos e de doentes em cuidados intensivos.

No Governo, é praticamente certo que nenhuma medida de alívio das restrições à atividade será levantada a curto prazo. Entre os epidemiologistas, prevalece a tese de que o país não poderá começar a desconfinar enquanto não baixar de forma sustentada para os dois mil casos novos de infeção por dia.

Portugal registou segunda-feira 196 mortes relacionadas com a covid-19 e 2.505 casos de infeção com o novo coronavírus, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

O boletim da DGS revela também que estão internadas 6.344 pessoas, mais 96 do que no domingo, das quais 877 em unidades de cuidados intensivos, ou seja, mais 12.

Hoje, também é notícia:

CULTURA

A Academia de Hollywood anuncia hoje os 15 nomeados para Melhor Filme Internacional e os 15 nomeados para Melhor Documentário de Longa-Metragem, antecipando em cerca de um mês as restantes nomeações.

"Vitalina Varela", de Pedro Costa, está entre os 93 filmes, de outros tantos países, incluídos na lista oficial de candidatos à nomeação para o Óscar de Melhor Filme Internacional, assim como o documentário brasileiro "Babenco - Alguém tem de ouvir o coração e dizer: parou", de Bárbara Paz, sobre o cineasta argentino radicado no Brasil, que morreu em 2016 e dirigiu "O Beijo da Mulher Aranha". "Babenco" é também candidato a uma nomeação para Melhor Documentário de Longa-Metragem.

O filme de Pedro Costa, indicado como candidato pela Academia Portuguesa de Cinema, teve estreia mundial em agosto de 2019, no Festival de Cinema de Locarno, na Suíça, onde arrecadou os principais prémios: Leopardo de Ouro e Leopardo de Melhor Interpretação Feminina. Desde então, soma mais de 22 distinções, a maioria de melhor filme e melhor realização, em perto de 30 festivais internacionais de cinema, sobretudo na Europa, nos Estados Unidos e na América Latina.

A publicação especializada Variety colocou-o em 19.º lugar na lista de possíveis candidatos ao Óscar de Melhor Filme Internacional e o Indiewire incluiu-o na lista dos 15 potenciais finalistas nessa categoria.

No próximo dia 16, o filme será exibido 'online' pelo Museu de Arte Moderna (MoMA) de Nova Iorque, no âmbito de um ciclo dedicado ao melhor da produção cinematográfica de 2020.

DESPORTO

O Sporting procura aumentar para oito pontos a vantagem sobre o campeão FC Porto, segundo classificado, na visita ao Gil Vicente, no último jogo da 18.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol.

Os 'leões' lideram o campeonato, com 45 pontos, e, caso vençam em Barcelos, aproveitam o segundo deslize consecutivo dos 'dragões', que, depois do 0-0 no Jamor, com o Belenenses SAD, deixaram fugir uma vantagem de dois golos em Braga (2-2).

O embate entre o Sporting, que está invicto e ganhou os últimos três jogos, e o Gil Vicente, vencedor por 2-1 no Bessa na derradeira ronda, após quatro derrotas, está marcado para as 21:00 e vai ser arbitrado por Nuno Almeida, da AF Algarve.

Antes, a partir das 15:00, o Paços de Ferreira, quinto, com 34 pontos, procura a sétima vitória seguida no campeonato, na receção ao Portimonense, o que lhe permitirá juntar-se no terceiro lugar a Sporting de Braga e Benfica.

Também hoje, o Rio Ave recebe o Tondela, às 17:00, e o Boavista o Nacional, às 19.00.

ECONOMIA

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social é hoje ouvida na Assembleia da República sobre o contrato-promessa para venda de 22,35% do capital da agência Lusa pela Impresa à Páginas Civilizadas Lda., do Grupo Bel, do empresário Marco Galinha.

A audição da ERC na Comissão de Cultura e Comunicação realiza-se na sequência de um requerimento apresentado pelo grupo parlamentar do PS.

A celebração do contrato-promessa, envolvendo 1,250 milhões de euros, foi anunciada em 04 de janeiro e a sua concretização estava dependente de uma auditoria contabilística e financeira e à não oposição por parte da Autoridade da Concorrência, segundo a dona da SIC.

A Global Media é acionista da Lusa, com uma participação de 23,36%, enquanto o Estado detém 51,14% do capital.

INTERNACIONAL

O julgamento político do ex-Presidente dos EUA, Donald Trump, começa hoje no Senado, mas esbarra na oposição dos republicanos, que alegam falta de legitimidade constitucional.

Depois de terem conseguido aprovar a destituição de Trump na Câmara de Representantes, onde têm uma confortável maioria, os democratas dificilmente conseguirão a maioria qualificada no Senado, onde estão em empate de votos com os republicanos que rejeitam a responsabilidade direta do ex-Presidente no ataque ao Capitólio, em 06 de janeiro.

A quase totalidade dos senadores republicanos (45 em 50) já disse que vai rejeitar o artigo de 'impeachment', alegando que ele está ferido de inconstitucionalidade, pelo facto de tentar retirar do cargo um Presidente que já saiu da Casa Branca em 20 de janeiro.

O artigo de 'impeachment' acusa Trump de "incitação à insurreição", mas um dos senadores republicanos, Ron Johnson, já disse que não só não aceitará essa acusação contra o ex-Presidente, como admite imputar s responsabilidade a Nancy Pelosi, a líder da maioria democrata na Casa de Representantes.

Johnson alega que Pelosi teve, ao longo dos últimos quatro anos, um discurso radicalizado de perseguição política ao ex-Presidente, que incentivou a ações mais violentas por parte dos apoiantes de Trump.

Para conseguir a condenação de Trump, os democratas teriam de convencer pelo menos 17 senadores republicanos, para atingir os 2/3 de votos, um objetivo que parece dificilmente atingível.

A equipa de especialistas da Organização Mundial de Saúde (OMS) que se encontra na China para tentar descobrir a origem da pandemia de covid-19 dá hoje uma conferência de imprensa.

"A equipa internacional que procura compreender a origem do coronavírus associado à covid-19 e que termina a estada de 14 dias em Wuhan, na China, dará uma conferência de imprensa com os colegas chineses", indica num comunicado a OMS, que acrescenta que o encontro com os jornalistas começará às 08:00 TMG (mesma hora em Lisboa).

Wuhan foi onde se reportaram os primeiros casos de covid-19 em dezembro de 2019.

A missão para determinar a origem da transmissão do coronavírus aos humanos, considerada extremamente importante para tentar melhorar a luta contra uma possível nova epidemia, foi difícil de concretizar, uma vez que a China se mostrou muito relutante em permitir a presença dos especialistas mundiais de diferentes áreas, desde a epidemiologia à zoologia.

A autorização chegou um ano após a pandemia ter sido declarada, tendo a equipa chegado à China em janeiro.

Os especialistas da OMS foram seguidos por todo o lado por uma grande quantidade de jornalistas chineses e internacionais e a equipa teve acesso a todos os lugares que pretendia observar, incluindo o Instituto de Virologia de Wuhan, que os norte-americanos acusaram de ser a fonte da propagação do vírus, mas também o mercado de animais, onde os primeiros casos foram relatados.

A pandemia já provocou mais de 2,3 milhões de mortes entre os mais de 106 milhões de casos de contágio.

LUSOFONIA, ÁFRICA E COMUNIDADES

A Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE), segunda força da oposição angolana, escolhe hoje o novo presidente, sendo o deputado Manuel Fernandes apontado como favorito.

Na semana passada, André Mendes de Carvalho "Miau" deixou a liderança da CASA-CE, após um pedido de demissão subscrito por quatro dos seis partidos da coligação.

Manuel Fernandes deve ser o terceiro presidente da CASA-CE, após André Mendes de Carvalho e Abel Chivukuvuku, que fundou a coligação em abril de 2012 e que foi destituído da liderança em fevereiro de 2019, por alegada "quebra de confiança".

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