África do Sul adia vacinação com AstraZeneca devido a falta de eficácia contra nova estirpe
A África do Sul adiou hoje o início da vacinação contra a covid-19 com o fármaco AstraZeneca devido à falta de eficácia contra a variante do novo coronavírus 501Y.V2 dominante no país, anunciou o ministro da Saúde sul-africano.
Zweli Mkhize disse que a decisão de suspender temporariamente o uso da vacina contra a covid-19 da AstraZeneca no programa de vacinação do Governo, foi tomada depois de um estudo científico indicar que a vacina oferece "proteção mínima" contra casos leves e moderados da variante 501Y.V2, dominante no país.
"Queremos que os nossos cientistas aconselhem primeiro o Governo o que fazer com a AstraZeneca e quando é que pode ser aplicada, não há a intenção de a devolver ao fabricante, o plano é saber dos cientistas como lidar com esta vacina para avançar com a vacinação", adiantou Zweli Mkhize aos jornalistas, por videoconferência.
O governante disse que, entretanto, o Governo sul-africano vai vacinar com vacinas produzidas pela Johnson & Johnson e a Pfizer nas próximas semanas.
O ministro Mkhize salientou que o estudo científico foi realizado pelas universidades Wits, na África do Sul, e Oxford, no Reino Unido, envolvendo 2.000 participantes com idade média de 31 anos.
A África do Sul recebeu na semana passada do Instituto Serum da Índia um milhão de doses da vacina AstraZeneca que deveriam ser administradas aos profissionais de saúde nos próximos dias.
O país anunciou ainda mais 500.000 doses para o próximo mês de março.
Com mais de 8,4 milhões de testes de covid-19 realizados desde março e 26.055 nas últimas vinte e quatros horas, a África do Sul contabiliza 1.476.135 infeções do novo coronavírus, 46.290 óbitos por covid-19, e 69.641 casos ativos da doença pandémica, segundo as autoridades da saúde sul-africanas.
O número de recuperações ascende a 1.360.204 milhões de pessoas, representando uma taxa de recuperação de 92%, refere o Ministério da Saúde da África do Sul.