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George Shultz, secretário de Estado de Reagan no fim da Guerra Fria, morre aos 100 anos

FOTO EPA/PETER DaSILVA
FOTO EPA/PETER DaSILVA

George Shultz, secretário de Estado do presidente Ronald Reagan e grande arquiteto da diplomacia norte-americana no final da Guerra Fria, morreu no sábado aos 100 anos, anunciou hoje o Hoover Institute.

"Um dos maiores estrategas de todos os tempos, que trabalhou com três presidentes norte-americanos, George P. Shultz morreu a 6 de fevereiro", indicou no seu 'site' o centro de reflexão ligado à universidade californiana de Stanford. "Shultz desempenhou um papel fundamental, com o presidente Ronald Reagan, para mudar o curso da história utilizando todos os instrumentos da diplomacia para acabar com a Guerra Fria", adianta o instituto, do qual o ex-ministro foi membro durante mais de 30 anos. Segundo o Hoover Institute, Shultz é "um dos dois únicos norte-americanos a ter ocupado quatro pastas diferentes no governo federal", enquanto ministro dos Negócios Estrangeiros, do Tesouro, do Trabalho e diretor de Orçamento na Casa Branca.

Uma outra secretária de Estado republicana, Condoleezza Rice, saudou a memória de um "grande estadista norte-americano" e de um "verdadeiro patriota", que "tornou o mundo melhor".

Nascido a 13 de dezembro de 1920 na cidade de Nova Iorque, George Pratt Shultz estudou economia e assuntos públicos e internacionais na Universidade de Princeton, tendo-se formado em 1942. Fora da política desde que se reformou, Shultz não deixou de defender uma atenção maior às alterações climáticas e assinalou os seus 100 anos, em dezembro, com um artigo para o Washington Post onde celebrava as virtudes da confiança e do bipartidarismo na política e noutros empreendimentos.

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