Selecção nacional feminina de Basquetebol dá luta à Bélgica mas falha europeu
As madeirenses Maria João Correia, com 15 pontos, e Marcy Gonçalves integraram o jogo, que ficou em 69-66
A seleção portuguesa feminina de basquetebol despediu-se hoje da qualificação para o Europeu2021 com uma derrota tangencial diante da Bélgica, por 69-66, em encontro da sexta e última jornada do Grupo G.
Num Centro de Desportos e Congressos de Matosinhos sem público, a equipa das 'quinas', 28.ª do 'ranking' europeu, já perdia ao intervalo (35-36) com a terceira da tabela continental, portadora de 12 participações em Europeus e medalha de bronze em 2017.
No plano individual, Sofia Silva foi a melhor jogadora lusa, com um duplo-duplo de 16 pontos e 10 ressaltos, incluindo dois triplos em cinco tentados, abaixo dos 23 de Emma Meesseman, uma das duas belgas a evoluir na reputada Liga norte-americana (WNBA).
Destaque ainda para a prestação de uma das duas madeirenses na selecção, Maria João Correia que fez 15 pontos, ganhou 6 ressaltos, fez 3 assistências e conquistou 1 ressalto. A outra madeirense, Marcy Gonçalves, também contribuiu para esta boa prestação lusa, apesar da derrota.
Portugal terminou no terceiro posto, com uma vitória, cinco derrotas e os mesmos sete pontos da Finlândia, última colocada, que horas antes perdeu com a Ucrânia (75-91), segunda, com 10, a dois da Bélgica, líder invicta e única seleção apurada do Grupo G.
As belgas integram o lote de nove primeiras classificadas e cinco melhores segundas com entrada direta no próximo Europeu feminino de basquetebol, prova que o conjunto nacional nunca disputou e está aprazada de 17 a 27 de junho, em Espanha e França.
Arredado de qualquer chance de apuramento, o 'cinco' de Ricardo Vasconcelos entrou mais desinibido face à derrota com a Ucrânia (58-87) e com idêntica agressividade defensiva, liderando por quatro ocasiões (2-0, 5-2, 14-12 e 16-15) no primeiro quarto.
Apesar da superioridade lusa nos lançamentos de dois pontos, as pupilas de Philip Mestdagh responderam com dois triplos em seis tentados e entraram com uma ténue vantagem (16-17) no parcial seguinte, que seria mantida a caminho dos balneários.
A combatividade de Portugal foi condicionando o ataque posicional da Bélgica, que até chegou a cifrar cinco à maior em três momentos, embora com inferioridade nos pontos obtidos a partir de ressaltos (cinco contra zero) e de 'turnovers' (nove contra dois).
Com menos de meio minuto para jogar, Maria Kostourkova converteu um de dois lançamentos livres e colocou as anfitriãs a ganhar pela sétima vez (35-34), num esforço revertido pela arrancada individual de Julie Vanloo a dois segundos do intervalo (35-36).
Depois de uma primeira parte distinguida por 14 alternâncias de resultado, as belgas assentaram a maior experiência competitiva no reatamento, elevaram o ritmo com bola e precisam de cinco minutos assinar um parcial de 10-4 e distanciarem-se até aos 39-46.
Ricardo Vasconcelos pediu uma pausa para devolver o discernimento às atletas lusas, que reentraram no jogo com um triplo de Maria João Correia e outros dois de Raquel Laneiro, mas sofreram três de Kim Mestdagh e um de Julie Vanloo no terceiro quarto (51-57).
Mesmo passando toda a segunda parte atrás do marcador, Portugal preservou a atitude competitiva e terminou a um triplo de diferença (66-69), com equilíbrio nos pontos de campo (38% contra 43%) e menor frieza nos lançamentos livres (60% contra 83%).