Ex-gerentes da Petróleos da Venezuela condenados a 5 anos de prisão
Dois ex-gerentes da Petróleos da Venezuela SA (PDVSA) foram condenados a cinco anos de prisão, por terem divulgado "informação sensível e confidencial" daquela empresa estatal, anunciou hoje o procurador-geral venezuelano Tarek William Saab.
"Os funcionários divulgaram informação sensível e confidencial da indústria petrolífera, o que trouxe como consequência a imposição de sanções de parte do governo dos Estados Unidos, que causaram importantes danos patrimoniais à indústria ao limitar a comercialização dos seus produtos a nível internacional" explica o procurador-geral num comunicado divulgado em Caracas.
A decisão do tribunal foi emitida quinta-feira, após sete audiências de julgamento oral e público em que foram apresentadas 21 provas de testemunhas, entre funcionários da empresa e peritos.
"Foram incorporadas 35 provas documentais, encontrando-se entre as evidências mais contundentes uma perícia informática praticada à página na Internet da Platts Oil, que constatou a publicação de informações gerenciadas por ambos os gestores, ou seja, percentagens de inventário de 'fuel oil' e do sistema de refinação, assim como as rotas dos navios que comercializavam com a PDVSA", salienta o procurador-geral.
Segundo o Ministério Público foi ainda extraído o conteúdo dos discos rígidos, recolhidos durante buscas às residências, "onde se encontraram a informação divulgada na referida página" na Internet.
"Com esses elementos, ficou demonstrada de forma irrefutável a responsabilidade dos ex-funcionários da indústria do petróleo no crime imputado, que está previsto no artigo 55.º da Lei Orgânica de Segurança da Nação", sublinha.