PS-Porto Santo pede mais meios para a Fundação Nossa Senhora da Piedade
A concelhia do Porto Santo do Partido Socialista visitou, ontem, a Fundação Nossa Senhora da Piedade, a única Instituição Particular de Solidariedade Social naquela ilha, que tem à sua responsabilidade a gestão do lar de idosos, e defendeu a necessidade de dotar esta instituição de mais meios, quer físicos, quer humanos, dando cumprimento ao compromisso assumido pelo Executivo madeirense.
Na sequência da visita, que serviu para conhecer as preocupações e valências da Fundação na resposta que dá à população porto-santense, destaque para a necessidade de aumentar a capacidade do lar, juntamente com um acréscimo de profissionais. Tal como explicou o deputado Miguel Brito, há um compromisso por parte do Governo Regional, através da Secretaria Regional da Inclusão e Cidadania, de aumentar a capacidade da infraestrutura, sendo, que, além disso, a direcção da instituição entende que urge também fazer um investimento humano, com profissionais qualificados, para dar uma resposta cabal àquelas que serão novas as necessidades do lar.
O parlamentar porto-santense referiu ainda que o lar pretende complementar o apoio social que é feito pela Segurança Social, sendo necessário apostar na formação de mais ajudantes domiciliários, no sentido de haver um maior acompanhamento das pessoas que estão em casa e que precisam destes serviços. “Aliás, haverá já um acordo com a Secretaria Regional da Educação para, através de uma parceria com a Escola Profissional Atlântico, abrir um curso de formação nessa área”, diz o deputado.
De acordo com a direcção da instituição, esta deve ser considerada uma profissão de desgaste e os colaboradores devem trabalhar, no máximo, até aos 55 anos. Há ainda a necessidade de criar um centro de reabilitação e fisioterapia para auxiliar as pessoas com mobilidade reduzida.
A instituição recordou ainda que aguarda pelas verbas do Orçamento Participativo da Região de 2019 para poder adquirir uma carrinha adaptada para o transporte destes cidadãos.
Miguel Brito referiu ainda que, em 2020, a Fundação foi contemplada com 200 mil euros ao abrigo do Fundo de Emergência para Apoio Social (FEAS), tendo atingido uma execução de 99%. Na prática, recebeu 238 candidaturas, apoiando um total de 581 pessoas. O socialista alerta para o facto de ainda não ter sido criado o regulamento para candidaturas ao FEAS em 2021 e pede “clareza nos critérios” que vierem a ser adoptados para a selecção das famílias e do valor remuneratório a atribuir.